União Europeia apoia plano de austeridade da Irlanda
25 de novembro de 2010A Comissão Europeia apoiou o duro plano de ajuste apresentado pelo governo da Irlanda nesta quarta-feira (24/11) e disse que ele contribuirá para a estabilidade do país. "Saúdo o compromisso das autoridades irlandesas de reduzir o deficit para menos de 3% em 2014", afirmou o comissário europeu de Assuntos Econômicos, Olli Rehn.
O deficit público atual do país é de 32% do Produto Interno Bruto (PIB). "O plano fiscal de quatro anos é uma contribuição importante à estabilização das finanças públicas da Irlanda", acrescentou. "Saúdo os compromissos de reformas estruturais incluídos no plano. Essas medidas impulsionarão as exportações e a recuperação da demanda interna."
O ministro das Finanças da Irlanda, Brian Lenihan, apresentou nesta quarta-feira um plano de ajuste de quatro anos, com o qual o governo pretende reduzir seus gastos em 15 bilhões de euros. O pacote prevê cortes de 10 bilhões de euros e aumento da arrecadação de impostos em 5 bilhões de euros.
Portugal
O presidente da União Europeia, Herman van Rompuy, disse que a situação de Portugal é mais favorável do que a da Irlanda, afirmando que o contágio da situação irlandesa a Portugal não tem bases racionais.
Portugal está no centro das atenções após a Irlanda ter formalizado um pedido de ajuda ao FMI (Fundo Monetário Internacional) e à União Europeia (UE). No entanto, para Van Rompuy, "se dizem que há um contágio, não é sobre uma base econômica, nem sobre uma base racional".
A ajuda à Irlanda e a crise do euro, causada pelos problemas financeiros de Portugal e da Espanha, serão temas nesta sexta-feira de uma conversa telefônica entre a chanceler federal alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Nikolas Sarkozy, segundo fontes diplomáticas em Paris e Berlim.
Nos últimos dias, a chanceler alemã afirmou repetidamente que aceita ajudar a Irlanda, mas só se este país tomar "rigorosas medidas" para consolidar as suas finanças. O governo alemão mantém assim as mesmas exigências que colocou em relação à Grécia.
AS/dpa/lusa
Revisão: Rodrigo Rimon