União Europeia proíbe mulher, mãe e irmã de Assad de entrarem no bloco
23 de março de 2012A União Europeia (UE) decidiu nesta sexta-feira (23/03) proibir a esposa Asma (que tem passaporte britânico), a mãe, a irmã e a cunhada do presidente sírio Bashar al Assad de viajarem para os países do bloco, segundo diplomatas europeus. As sanções são uma forma de pressionar o presidente a acabar com a violenta repressão à oposição síria. Também as contas da família na Europa foram congeladas.
Reunidos em Bruxelas, os ministros do exterior da UE decidiram expandir a lista de sírios com contas congeladas e proibidos de viajar para a Europa. Empresas europeias também foram impedidas de fazer negócios com duas companhias petrolíferas da Síria. Além dos familiares, oito ministros sírios também são alvos das novas sanções.
As decisões, que entrarão em vigor no sábado, são destinadas a isolar Assad, bem como as anteriores, que incluem a proibição da venda de armas e da importação de petróleo sírio pelos países da UE. Assad é alvo de sanções da União Europeia desde maio de 2011, mas até agora as medidas não parecem ter surtido efeito. No total, cerca de 150 pessoas e organizações ligadas ao governo sírio estão proibidas de entrar na Europa.
"Com essa lista estamos atingindo o coração do clã Assad e mandando uma mensagem muito clara para o presidente sírio: ele deve renunciar", disse o ministro holandês do Exterior, Uri Rosenthal, em Bruxelas.
Para o ministro do Exterior da Alemanha, Guido Westerwelle, "o ponto principal é que o regime de Assad sinta a pressão. A partir de agora a família também será incluída nas sanções".
"Nós enviamos um sinal muito forte para todos que participam do regime: as mortes e a violência precisam parar", disse o ministro sueco do Exterior, Carl Bildt.
Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) a repressão de Assad à população já provocou mais de 9 mil mortos.
O Irã e Belarus também são alvos de novas sanções. Doze representantes do governo de Alexander Lukaschenko foram proibidos de viajar à UE. "Belarus é a última ditadura da Europa", disse Westerwelle. Os ministros também impuseram sanções a 17 iranianos responsáveis por repressões no governo Ahmadinejad.
KR/dpa/rtr/lusa
Revisão: Alexandre Schossler