União Européia condena atentados anti-semitas
25 de abril de 2002A posição da UE consta na declaração aprovada pelos seus 15 ministros do Interior, em Luxemburgo, nesta quinta-feira. Os ministros recomendaram uma cooperação maior de suas autoridades policiais no combate "a tais fatos inaceitáveis" e também uma harmonização das leis nacionais contra o racismo e a xenofobia.
O ministro alemão Otto Schily disse que, em virtude da escalada do conflito no Oriente Médio entre israelenses e palestinos, voltaram a aumentar as atividades anti-semitas. "Na Alemanha também acontecem casos terríveis", disse ele. Por isso o seu governo apoiou a iniciativa da França para uma tomada de posição do Conselho de Ministros da UE.
Schily propôs no encontro a criação de um fundo da UE para as vítimas de atos terroristas. Ele justificou que "a Europa tem de se mostrar solidária com as famílias das vítimas e lembrou que eram de diversas nacionalidades européias os 16 mortos no atentado com um caminhão carregado de gás de cozinha na frente de uma sinagoga em Djerba. O ministro alemão havia anunciado na véspera um fundo de dez milhões de euros para ajudar as famílias dos onze mortos e os feridos alemães na explosão na Tunísia.
Tráfico humano e exílio
– Os ministros europeus combinaram um endurecimento das ações policiais no combate ao tráfico de imigrantes ilegais em navios e uma equiparação dos direitos sociais mínimos dos solicitantes de asilo nos 15 países-membros.Para evitar que requerentes de asilo procurem os países com melhores vantagens sociais, os ministros querem estabelecer um padrão mínimo das necessidades básicas, como alimentação, alojamento, vestuário, atendimento médico e acesso ao mercado de trabalho e ao sistema de ensino. Na Alemanha, por exemplo, o solicitante de asilo tem permissão para trabalhar depois de um ano de permanência.