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Knut tinha encefalite

1 de abril de 2011

Mascote do Zoológico de Berlim estava há várias semanas doente e não tinha mais chances de sobreviver, asseguram os responsáveis pela autópsia do animal.

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Knut em janeiro de 2010, quando tinha 3 anos de idadeFoto: AP

O urso-polar Knut sofria de encefalite e morreu afogado, segundo os resultados iniciais da autópsia, divulgados nesta sexta-feira (01/04) pelo Zoológico de Berlim e pelo Instituto Leibniz de Pesquisas em Zoologia e Vida Selvagem (IZW, na sigla em alemão).

De acordo com a equipe responsável pela autópsia, após semanas com encefalite, Knut teve um ataque de cãibras no dia 19 de março passado e caiu no fosso em torno do viveiro que habitava, morrendo afogado. Segundo a especialista do IZW Cláudia Szentiks, a mascote não tinha chances de sobreviver.

"Knut morreu afogado em consequência de uma encefalite aguda", afirmou o diretor do IZW, Heribert Hofer. Ele disse que a infecção cerebral foi causada por um vírus, mas ainda não se sabe qual. A infecção atingira também parte da medula do animal.

Segundo os especialistas, Knut não sofreu um ataque epilético, como chegou a ser especulado pela imprensa alemã. Ele também não foi vítima de estresse ou de algum trauma, assegurou a equipe que faz a autópsia.

Ao final dos exames, o corpo do animal será doado ao Museu de História Natural de Berlim. O diretor-geral do museu, Ferdinand Damaschun, disse que pretende incluir o animal numa exposição sobre mudanças climáticas. "Porém, o animal não será empalhado, mas continuará existindo como modelo dermoplástico."

Através dessa técnica, será feito um modelo tridimensional do urso, sobre o qual será colocado o pelo de Knut. Fãs do urso-polar são contra os planos do museu e prometem um protesto neste sábado, diante do Zoológico de Berlim.

AS/dpa/afp
Revisão: Carlos Albuquerque