Volkswagen inaugura fábrica envidraçada em Dresden
11 de dezembro de 2001O novo modelo só será apresentado ao público no Salão do Automóvel de Genebra, na primavera, quando começará ser comercializado. A nova limusine de luxo da Volkswagen certamente vai custar mais de 100.000 marcos (107 mil reais) e pretende concorrer com os maiores modelos fabricados pela Mercedes e BMW.
Carro sob medida
- Na nova unidade da montadora européia, os clientes poderão escolher os acessórios opcionais e assistir aos últimos detalhes da fabricação do seu Phaeton, enquanto conversam com os vendedores e acertam a compra do carro. Ela também pode se tornar uma nova atração turística da cidade de Dresden, que pretende se aproveitar da presença de compradores com alto poder aquisitivo para incentivar a abertura de restaurantes, cinemas e cafés nas proximidades do complexo.No total, a Volkswagen investiu mais de um bilhão de marcos (1,07 bilhão de reais) na nova fábrica. Somente a construção do palácio de vidro, erguido com 40 metros de altura, consumiu 365 milhões de marcos (390 milhões de reais). O restante foi gasto no desenvolvimento do novo modelo.
Subisídios na mira de Bruxelas
- A montadora alemã deveria receber um subsídio de 170 milhões de marcos (182 milhões de reais) do estado da Saxônia para o projeto, mas uma intervenção da Comissão Européia de Livre Concorrência cortou esta ajuda em 15%.O primeiro-ministro alemão, Gerhard Schröder, presente na cerimônia de inauguração, criticou a medida. Para o chanceler, os incentivos estatais são importantes na luta por novos postos de trabalho, principalmente em regiões menos industrializadas, como é o caso do leste da Alemanha.
Empregos
- A fábrica envidraçada deverá gerar 800 novos empregos e produzir 150 limusines de luxo por dia no estado da Saxônia, onde a Volkswagen tem 6.700 trabalhadores em duas outras unidades.Quem discorda do chancelar alemão é o presidente da Porche, Wendelin Wiedeking, que também vai abrir uma fábrica de carros esportivos de alto padrão na cidade de Leipizig, mas renunciou aos incentivos financeiros do estado da Saxônia. Na opinião de Wiedeking, luxo não combina com subsídio.