Washington e Pequim discutem expansão territorial chinesa
16 de maio de 2015Durante conferência de imprensa conjunta com o ministro chinês do Exterior, Wang Yi, neste sábado (16/05), o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, pediu que Pequim interrompa as ações que visam expandir seu território no Mar da China Meridional.
A visita de dois dias de Kerry à China foi marcada pelas preocupações com a segurança, em meio ao aumento das tensões na região em razão da disputa territorial.
Pequim afirma que 90% dos 3,5 milhões de quilômetros quadrados do Mar da China Meridional pertencem ao país, enquanto as Filipinas, Taiwan, Malásia, Brunei e Vietnã também reivindicam posses do território.
Durante a conferência de imprensa, Wang respondeu a Kerry afirmando que seu país está aberto ao diálogo, mas não irá retroceder na defesa de sua soberania e integridade territorial, afirmando se tratar de uma "exigência da população ao governo e um direito legítimo" do país.
"As construções nas ilhas e corais de Nansha estão inteiramente dentro das dimensões da soberania chinesa", afirmou o ministro, utilizando o nome chinês para o arquipélago Spratly, no Mar da China Meridional.
Solução diplomática e embargo ao Irã
Wang também expressou preocupação com um possível plano americano de enviar aeronaves e navios militares ao local, para garantir a liberdade de navegação na região.
O secretário de Estado não comentou a afirmação de seu colega chinês. Washington, porém, afirmou que não questiona a questão da soberania chinesa, mas insistiu que deve haver negociações entre as partes envolvidas.
"Pedi à China, através de seu ministro do Exterior, que tome iniciativas para reduzir as tensões e aumentar a possibilidade de uma solução diplomática", afirmou Kerry.
Após a reunião a portas fechadas neste sábado entre Kerry e Wang, o secretário de Estado afirmou que os dois países estão comprometidos em finalizar um acordo para bloquear o acesso do Irã a materiais suscetíveis a sofrer fissão nuclear.
RC/afp/ap/rtr/dpa