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YouTube bloqueia canal do Parlamento da Rússia

9 de abril de 2022

Empresa disse que tomava medidas contra violações das regras do seu serviço. Autoridades russas reagem e falam em restrições à plataforma. País já baniu Twitter, Facebook e Instagram.

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Foto interna da sala do plenário da Duma, com parlamentares sentados em seus lugares.
Sala do plenário da Duma, em MoscouFoto: Iranian Presidency/ZUMA/picture alliance/dpa

O YouTube bloqueou o canal de transmissão de vídeos da Duma, a câmara baixa do Parlamento da Rússia. Neste sábado (09/04), uma mensagem informava que o canal havia sido "encerrado por uma violação dos Termos de Serviço do YouTube".

Autoridades russas reagiram e afirmaram que o serviço, que pertence à Alphabet, poderia sofrer restrições. A Rússia já restringiu o acesso ao Twitter, ao Facebook e ao Instagram desde o início da invasão da Ucrânia.

"Ao que parece, o YouTube assinou seu próprio mandado. Grave o conteúdo, transfira para plataformas russas. E apresse-se", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, por meio do Telegram.

O Roskomnadzor, órgão regulador da mídia no país, disse que solicitou à Alphabet, que também controla o Google, que restabeleça o acesso ao canal da Duma imediatamente. "A empresa americana de TI adere a uma pronunciada posição anti-russa na guerra de informações desencadeada pelo Ocidente contra nosso país", disse o Roskomnadzor.

A Alphabet não deu um motivo exato para o bloqueio do canal da Duma, mas disse à agência de notícias Reuters que está comprometida em fazer cumprir as regras aplicáveis. "Se descobrimos que uma conta viola nossos Termos de Serviço, tomamos as medidas apropriadas. Nossas equipes estão monitorando de perto a situação para quaisquer atualizações e mudanças", informou a empresa.

O presidente da Duma, Vyacheslav Volodin, disse que a ação do YouTube seria mais uma prova de violações de direitos e liberdades por parte de Washington. "Os Estados Unidos querem obter o monopólio da promoção da informação. Não podemos deixar isso acontecer", disse Volodin no Telegram.

bl (Reuters, AP)