Zona do euro tem recorde de desemprego
2 de maio de 2012O desemprego na zona do euro alcançou um recorde de 10,9% em março, pressionando ainda mais os governos a mudarem a política de austeridade para incentivar o crescimento econômico.
A Eurostat, agência de estatísticas da União Europeia, divulgou nesta quarta-feira (2/5) que 17,365 milhões de pessoas estavam sem trabalho na zona do euro em março. Esse é o número mais elevado desde a introdução da moeda comum, em 1999.
O aumento do desemprego coincidiu com a adoção de rigorosas medidas de austeridade para reduzir as dívidas de alguns países membros da União Europeia. A Organização Internacional do Trabalho criticou na segunda-feira os governos europeus por focarem mais o equilíbrio de seus orçamentos do que a necessidade de criar vagas de trabalho.
Nos 27 países da União Europeia, o desemprego aumentou em 193 mil pessoas no mês de março, mas a taxa de desemprego do bloco manteve-se estável em 10,2%.
Crescimento e austeridade
De acordo com a Eurostat, o país que mais sofre com o desemprego é a Espanha, onde a taxa de desemprego subiu para 24,4% em março. A Grécia aparece em segundo lugar, com 21,7%. Em ambos os países, a taxa de desemprego entre os jovens é superior a 50%.
A taxa de desemprego da Itália também cresceu pelo sétimo mês consecutivo, pulando para 9,8%. Quase a metade dos 17 membros da zona do euro está em recessão. A crise de desemprego na área de moeda comum piorou em quase todos os membros, exceto na Alemanha, onde a taxa de desemprego em março foi de 7,2% e em abril caiu para 7%, segundo dados divulgados pela Agência Federal do Trabalho.
As menores taxas de desemprego na zona do euro em março foram registradas na Áustria (4%) e na Holanda (5%).
AKS/dpa/afp
Revisão: Roselaine Wandscheer