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Zuckerberg admitirá "grande erro" perante Congresso dos EUA

9 de abril de 2018

Em depoimento, presidente do Facebook pedirá desculpas por vazamento de dados e notícias falsas e reconhecerá que empresa não fez suficiente para impedir uso indevido de informações de usuários da rede social.

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Mark Zuckerberg
"Foi um erro meu, e eu sinto muito", diz Mark Zuckerberg em depoimentoFoto: Getty Images/J. Sullivan

Ao falar perante o Congresso dos Estados Unidos, o presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, pedirá desculpas e afirmará que a rede social não fez o suficiente para evitar o uso indevido de dados de seus usuários, segundo uma cópia de seu depoimento divulgada nesta segunda-feira (09/04).

"Está claro agora que não fizemos o suficiente para impedir que essas ferramentas sejam usadas para causar danos", disse Zuckerberg em depoimento divulgado pelo Comitê de Energia e Comércio da Câmara dos EUA.

"Não adotamos uma visão ampla da nossa responsabilidade, e isso foi um grande erro. Foi um erro meu, e eu sinto muito. Eu comecei o Facebook, eu o administro e sou responsável por o que acontece aqui", acrescentou.

Leia também: Zuckerberg nega pressão para deixar o cargo

Nestas terça e quarta-feira, o presidente-executivo e fundador do Facebook deve comparecer pessoalmente a comitês do Congresso americano para responder a perguntas dos congressistas sobre o recente escândalo de uso indevido de dados da plataforma pela consultoria Cambridge Analytica.

De acordo com o depoimento inicial divulgado hoje, está previsto que Zuckerberg assumirá diante dos congressistas a responsabilidade pelo vazamento de dados e pelas notícias falsas divulgadas na redes social.

Além disso, Zuckerberg reconhecerá que a companhia reagiu de maneira lenta à interferência da Rússia nas eleições americanas de 2016, algo negado pelo Kremlin.

O caso é investigado nos EUA pelo promotor especial Robert Mueller, que acusou a empresa Internet Research Agency, com sede em São Petersburgo, de colher dados de cidadãos americanos.

Zuckerberg deve revelar que a empresa russa "atuou repetidamente de maneira enganosa", tentando manipular cidadãos da Europa, EUA e Rússia. Segundo o presidente-executivo do Facebook, a empresa pode ter atingido 126 milhões de pessoas na rede. No Instagram, provavelmente foram 20 milhões.

Zuckerberg também falará no depoimento de algumas das eleições de 2018, como as do Brasil e México, e afirmará que o Facebook está trabalhando para evitar notícias falsas.

JPS/rtr/efe

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