Árvores recicladas viram adubo e energia para poupar o meio ambiente
26 de janeiro de 2013O Futurando desta semana apresenta uma videoreportagem mostrando como as árvores de natal são reaproveitadas como adubo na Alemanha. Mas este não é o único destino dos pinheiros por lá, uma vez que também acabam sendo transformados em energia. O reaproveitamento desse material orgânico é uma forma de minimizar os impactos ao meio ambiente. Exemplo do qual o Brasil ainda está muito distante, mas começa a realizar algumas ações, ainda que de forma isolada.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente alemão, transformar a árvore em energia é uma técnica muito utilizada. As árvores em geral e seus resíduos vão para usinas de biomassa. Lá, este material é queimado e transformado em energia elétrica ou térmica, utilizada para aquecer a água, já que o país tem um inverno rigoroso e depende de aquecedores nesse período do ano. Há ainda um destino curioso para pedaços de galhos grandes e troncos: eles são enviados ao zoológico de Berlim para servirem de “brinquedo” para os elefantes.
O reaproveitamento das árvores é uma necessidade para combater a perda acelerada de recursos naturais no planeta. As árvores são fundamentais para os seres humanos, não só pela geração de oxigênio, mas também para equilibrar o clima, regular a umidade do ar, evitar erosão, controlar a poluição sonora, além de oferecer uma vista relaxante.
Assim, é necessário conviver com seus resíduos após as podas e suas quedas naturais ou por força da natureza. No Brasil, até bem pouco tempo atrás, todos os resíduos arbóreos eram jogados nos aterros sanitários, onde eram enterrados e esperavam a decomposição. O material em si não é perigoso, mas em contato com produtos químicos, pode causar danos ao solo e à água.
Outra prática comum era a queimar os restos de árvores, atividade que gerava mais CO2 e poluía o ar. Hoje, já existem até projetos para o reaproveitamento dos resíduos de árvores em grande parte dos centros urbanos, embora o Ministério do Meio Ambiente não tenha dados concretos sobre a porcentagem de municípios que fazem este tipo de trabalho.
O Governo do Estado de São Paulo, por exemplo, não tem um projeto para as prefeituras, ou seja, não participa de ações de reciclagem e reaproveitamento de resíduos de árvores. Mas a Secretaria do Verde e Meio Ambiente confirma que 79% dos municípios já têm algum projeto de reutilização.
No caminho certo
Na capital paulista são recolhidas quatro mil toneladas de resíduos de árvores por mês. Esse material antes era integralmente enviado para os aterros sanitários, mas há algum tempo vem sendo reciclado. Em 2010 foi regulamentado o projeto Pampa (Programa de Aproveitamento de Madeira de Poda de Árvore), com o objetivo de realizar uma manutenção mais eficaz das árvores, para aumentar sua vida útil e seu reaproveitamento após queda ou poda. Esse material é levado para centros de compostagem e vira adubo para a área verde de praças e parques públicos. Além disso, pode ser transformafo em briquetes, que são blocos cilíndricos para serem jogados em fornos, caldeiras, aquecedores, etc.
Assim, São Paulo também mostra que é possível reaproveitar alguns recursos que seriam descartados e diminuir a carga de exploração do meio ambiente. Para um planeta sustentável ainda há um longo caminho há percorrer, mas passos importantes já estão sendo dados, mesmo em locais de grande desenvolvimento industrial, como é o caso da capital paulista.