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"É preciso ter pulso firme com os jovens"

Rafael Plaisant / Philip Verminnen7 de maio de 2014

Em entrevista à DW, capitão da seleção afirma que setor defensivo é ponto forte do Brasil e passa tranquilidade a Felipão. Ele se considera pronto para liderar o grupo e pede que erros de 2010 não se repitam.

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Thiago Silva
Foto: picture alliance / AP Images

Eleito melhor zagueiro do mundo pela Fifa e pela revista France Football na temporada passada, Thiago Silva, um dos homens de confiança de Luiz Felipe Scolari, vai para a sua segunda Copa do Mundo com a missão de comandar um grupo jovem e com pouca experiência em Mundiais.

Aos 29 anos, o ex-jogador do Milan e do Fluminense é dono da braçadeira de capitão em seu clube, o Paris Saint-Germain, e na seleção. E é o principal jogador de um setor que, como ele mesmo reconhece, é hoje o mais forte do time de Scolari.

Em entrevista à DW, o jogador diz que o Brasil não pode repetir os erros de 2010, quando caiu nas oitavas de final para a Holanda. Também afirma que, além de passar ensinamentos, é preciso ter pulso firme com os colegas mais jovens.

DW: Qual foi a principal lição tirada de 2010, que você espera que não se repita em 2014?

Thiago Silva: Acho que não tem uma lição específica. Fica, na verdade, o aprendizado com alguns erros. Fizemos um gol muito rápido contra a Holanda naquele jogo fatídico. E acabamos tomando a virada. Num jogo de quartas de finais de Copa do Mundo, não se pode dar esse mole. Essa é uma lição que fica para este Mundial.

Você foi eleito o melhor zagueiro do mundo na última edição da Bola de Ouro. Dante ainda é o atual campeão da Liga dos Campeões. David Luiz passa por excelente fase no Chelsea. O forte do Brasil passou a ser a defesa?

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Thiago Silva, na Copa de 2010, ao lado de Dunga: "Em quartas de finais de Copa, não se pode dar esse mole"Foto: AP

Temos formado grandes zagueiros, mas não podemos esquecer das outras posições. No ataque, temos ninguém menos que Neymar. Mas sem dúvida, a zaga tem sido um ponto forte nos últimos anos. Isso dá mais tranquilidade para o treinador montar a equipe.

Você foi o capitão da equipe brasileira nos Jogos de Londres, em 2012. Naquele grupo, era o mais experiente e comandou um monte de jovens. Agora você tem uma missão parecida, com a ajuda de alguns nomes também experientes. Qual é a diferença?

Com os mais jovens, você precisa ter pulso firme e passar ensinamentos. Não que os mais velhos já saibam tudo. Mas as suas responsabilidades aumentam. Você precisa liderar um grupo de jogadores consagrados com inteligência e respeito. Mas me preparei muito para isso e estou pronto para esse desafio.

Como você vê o grupo de 2014 quando comparado com o de 2010?

Acho que ambos são bem parecidos. Talvez o de 2010 fosse até mais forte, por ter uma seleção do porte de Portugal. Por outro lado, este ano, todos os nossos rivais são seleções com histórias de respeito. Precisaremos estar atentos para nos classificarmos sem sustos.