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Agricultura e energia são prioridades do MPLA, caso vença

José Adalberto (Huambo)
1 de agosto de 2017

No comício na província do Bié, João Lourenço voltou a apelar ao voto no MPLA e respondeu às críticas que os partidos da oposição têm feito ao governo atual. Político não comentou morte de secretário adjunto da UNITA .

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Angola Feier der MPLA João Lourenço
Foto: Getty Images/AFP

De regresso à província do Bié para a campanha eleitoral, o candidato do Movimento Popular de Libertação Nacional (MPLA), João Lourenço, voltou a apelar, esta terça-feira (01.08), ao voto no seu partido e prometeu investimento nos setores agrícola e industrial para alavancar a economia nacional.

Perante milhares de pessoas, o candidato do MPLA à eleição indireta para Presidente da República de Angola, respondeu de forma direta, pela primeira vez nesta campanha, aos adversários políticos, no que toca às críticas que têm sido feitas ao executivo do seu partido, em relação ao desemprego e falta de estratégias para o setor industrial com vista a geração de empregos. Sem citar nomes, deixando a identificação para os militantes, o cabeça-de-lista do MPLA recordou que o país já teve, num passado recente, um potencial de indústrias que foram, no entanto, destruídas em tempo de guerra. "Eles destruíram os postos de trabalho e hoje, com o maior descaramento, vem dizer que a juventude não tem emprego. Eles destruíram as infraestruturas e as fábricas, porque esta é a missão deles", afirmou.

Angola | Wahlplakat der Regierungspartei MPLA
Imagem de arquivoFoto: DW/N. Sul de Angola

Aposta na agricultura

As estatísticas indicam que a maioria da população desta região do país se dedica à agricultura. João Lourenço prometeu que, caso vença as eleições gerais de 2017, o seu executivo irá dedicar uma especial atenção ao setor da agricultura familiar. Lembrando que os "camponeses são aqueles que mais precisam do apoio e da ajuda do Governo para que possam manter o seu trabalho", o candidato do MPLA afirmou que o seu governo estará atento a este setor, nomeadamente, no que diz respeito à implementação de novas políticas.

A par da agricultura, João Lourenço defendeu ainda a necessidade de se continuar a investir no setor energético. Nesta área, considera, Angola deve dar passos significativos. O cabeça de lista do partido no poder lembrou que o país "tem trabalhado, nos últimos tempos, na criação de bases para o desenvolvimento da indústria nacional e com isso gerar mais desenvolvimento". João Lourenço afirmou que "o executivo que sair das eleições do dia 23 deste mês, vai continuar a explorar ao máximo as capacidades que os rios angolanos auferem em termos de produção de energia barata".

João Lourenço-Campanha MPLA - MP3-Mono

O candidato do MPLA esteve, esta manhã, no cemitério local onde jazem milhares de vítimas da chamada guerra dos 23 dias no Cuíto. Antes, no seu discurso que durou quase uma hora, João Lourenço lembrou o passado histórico da província do Bié, fortemente atingida no período de guerra civil. O político considerou que esta província "deveria passar para a história como a cidade do perdão".

Assassinato de secretário da UNITA

Esperava-se que João Lourenço falasse, durante o Comício, no incidente ocorrido, esta segunda-feira (31.07) na localidade de Candengue, no município da Caála, província do Huambo, que vitimou mortalmente o secretário adjunto para a organização da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) na comuna do Cuima.

O comandante da Polícia no Huambo para a Ordem Pública, subcomissário Assis Neto, confirmou a ocorrência, tendo adiantado que as autoridades policiais estão a "trabalhar no caso". Para tal, um encontro no qual participaram membros da UNITA e do MPLA, foi convocado esta tarde pela polícia, mas a DW, apesar de várias tentativas, não conseguiu obter informações junto dos serviços policiais sobre a reunião.

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