Angola: Denúncias de repressão e detenção de ativistas
26 de fevereiro de 2024Segundo um comunicado da ONG Omunga, os ativistas encontravam-se no local conhecido como "Campo do Morro da Rádio", onde iria ter início o protesto contra os elevados preços da cesta básica, quando foram surpreendidos pela polícia, que dispersou os manifestantes.
Três dos ativistas - Olímpio Cipriano, Mateus Mbambi Kavalo e o Gabriel Marques Neto -- foram detidos, estando a aguardar julgamento, adiantou a Omunga.
A associação de defesa dos direitos humanos sublinhou que os organizadores "cumpriram todos os procedimentos legais", tendo informado as autoridades, embora a administração do Lobito se tenha negado a receber a carta que dava conta da realização da manifestação, alegando que os signatários exibiam "profissões falsas".
"O comportamento da administração consubstancia-se numa autêntica violação dos direitos humanos, pelo que a Omunga condena veemente tal atitude que de certa forma contrasta com a informação segundo a qual Angola deixou de ser um Estado autoritário", destacou a Omunga.
A associação apelou ao tribunal que "corrija" o "excesso de zelo e a barbaridade perpetrada pela administração em conluio com a polícia nacional", e liberte os ativistas.