Angolanos esperam mais emprego e educação em 2023
2 de janeiro de 2023João André é um jovem angolano desempregado. Em 2023 espera encontrar um emprego para poder sustentar a sua família, num país onde o índice de desemprego rondou os 30,2% em 2022, segundo dados oficiais.
"Tenho mulher, tenho filho. O trabalho estava difícil e enfrentei muitos problemas", lamenta.
Já Francisco Nguxi conseguiu montar uma pequena empresa em 2022. Este ano pretende voltar ao ensino superior para dar continuidade aos estudos embora o ano letivo 2023/2024 arranque apenas em outubro.
"A nível pessoal este é o grande feito. A nível profissional e de carreira em 2023 quero terminar a minha formação na universidade. Estou há muito tempo parado e quero terminar" , conta o jovem.
Ano de "grandes desafios"
No entanto, o Presidente angolano, João Lourenço admitiu que "2023 afigura-se como um ano de grandes desafios" por o mundo estar a viver "uma incerteza sem precedentes na história dos últimos 70 anos".
"A situação exigirá a cada um de nós mais dedicação ao trabalho, mais unidade na ação para contrariarmos a tendência negativa da economia mundial. Temos fé que com trabalho, realismo e otimismo seremos capazes de ultrapassar sem grandes sobressaltos o momento difícil que o mundo vive".
E isso só será possível, diz o chefe de Estado angolano, se "todos continuarem a consolidar o Estado democrático e de direito, uma sociedade inclusiva e de livre expressão, com direitos e oportunidades iguais de justiça e solidariedade social".
Investimento no país
João Lourenço também promete que, em 2023, o seu Governo vai continuar a trabalhar "na diversificação da economia e na criação de emprego".
"Vamos investir cada vez mais na educação e saúde porque só um povo educado e saudável pode competir com êxito os enormes desafios que o mundos nos impõe a todos os níveis", assegurou.
Ao nível da educação esperam-se novas greves em 2023. O professores do ensino geral ameaçam retomar a paralisação no dia 16 de janeiro se, até lá, o Governo não atender às suas reivindicações que passam pela melhoria das condições salariais e de trabalho.
Também o Executivo tem até 27 de fevereiro para responder ao memorando de entendimento dos docentes das universidades públicas.