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CEDEAO confirma sanções contra 19 personalidades guineenses

Lusa | ms
7 de fevereiro de 2018

O procurador-geral da República da Guiné-Bissau é um dos nomes na lista de sancionados divulgada pela Comunidade Económica de Estados da África Ocidental. Sanções implicam impedimento de viagens e congelamento de bens.

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Guinea-Bissau Polizei blockiert Zugang zum PAIGC Parteizentrum
Foto: DW/Braima Darame

Um comunicado assinado pelo departamento de comunicação da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO), a que a Lusa teve acesso esta quarta-feira (07.02), indica que a organização sub-regional adota as sanções, que implicam o impedimento de viagem dos sancionados, bem como as respetivas famílias, congelamento dos seus bens financeiros e impedimento de participação nas atividades da comunidade.

Os sancionados são: Braima Camará, Rui Dia de Sousa, Soares Sambu, Abel da Silva Gomes, Manuel Nascimento Lopes, Eduardo Mamadu Balde, Maria Aurora Abissa Sano, todos deputados expulsos do PAIGC.

O castigo também foi aplicado à Florentino Mendes Pereira, secretário-geral do Partido da Renovação Social (PRS), Orlando Mendes Viegas, vice-presidente do mesmo partido e ministro das Pescas no Governo demissionário, Certório Biote, líder do grupo parlamentar do PRS, e Domingos Quade, dirigente da mesma formação política. Ainda do PRS são alvo de sanções Carlitos Barai e Domingos Malu, atual e ex-ministro da Saúde Pública.

Antonio Sedja Man Generalstaatsanwalt Guinea Bissau
António Sedja Man, antigo procurador-geral da República Foto: DW/B.Darame

Também constam da lista o ex-procurador-geral da República António Sedja Man e o atual titular daquele órgão, Bacari Biai, o ministro do Interior do Governo demissionário, Botche Cande, Herson Gougjabi Vaz, filho do Presidente guineense, e os também ministros do Comércio, Victor Madinga, e do Turismo, Fernando Vaz.

Apelo a outras organizações

A proposta de sanções foi avançada por Faure Gnassimbé, chefe do Estado do Togo e presidente em exercício da CEDEAO, mas foi adotada pelos restantes dirigentes da comunidade, que pedem às outras organizações que apoiem a sua aplicação.

O apelo foi dirigido às Nações Unidas, União Africana (UA), Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), União Europeia (UE) e Organização Internacional da Francofonia. 

O comunicado informa ainda que um comité de seguimento, constituído pelo Togo, Guiné-Conacri e a comissão da CEDEAO irá seguir a aplicação das sanções e se reserva o direito de atualizar a lista de pessoas que poderão ser alvo de sanções na Guiné-Bissau, conforme o evoluir da situação política.