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CPLP: Angola terá a presidência em 2020

Lusa | vct | Nélio dos Santos
18 de julho de 2018

XII Cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) traz várias resoluções. Mais ação na área da mobilidade, mais observadores associados e Angola na presidência entre 2020 e 2022.

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Foto: CPLP

O segundo e último dia XII Cimeira da CPLP, que decorreu na ilha do Sal, em Cabo Verde, trouxe várias novidades. Angola será o próximo país a assumir a presidência rotativa da CPLP,  de 2020 a 2020. O Estado Angolano segue-se a Cabo Verde. A Guiné Equatorial tinha mostrado pretensões à presidência, mas Angola foi escolhida por unanimidade. Há também um novo secretário-executivo: o embaixador português Francisco Ribeiro Teles.

CPLP em crescimento

A Comunidade festejou o 22º aniversário e quer crescer. Aos 10 observadores associados juntam-se mais nove: seis países europeus, dois da América do Sul e uma organização internacional: Reino Unido, França, Itália, Luxemburgo, Andorra, Sérvia, Argentina, Chile e a Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI)". 

Reportagem do correspondente Nélio dos Santos

São agora 19 os observadores associados. As adesões são vistas pela Comunidade como um fator de "maior projeção política internacional" da CPLP, que potencia "o desenvolvimento de relações de cooperação em diversas áreas, apelando à difusão da língua portuguesa através da sua inclusão curricular nos respetivos sistemas de ensino".

Mobilidade

A mobilidade dentro da comunidade lusófona também foi um dos destaques. Afinal, Cabo Verde já tinha partilhado que essa seria uma das suas prioridades durante a cimeira. Os Estados-membros pedem que se apliquem os acordos de mobilidade já assinados, isto é, que se passe do papel à ação.

O primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, comentou que espera que a mobilidade seja uma realidade no "tempo mais curto possível", mas levando em conta as "especificidades" de cada um dos países.

Guiné Equatorial

Os chefes de Estado e de Governo da CPLP exortaram a Guiné Equatorial a prosseguir com a implementação do programa de adesão à organização, tendo também manifestado "satisfação" com os progressos alcançados.

A antiga colónia espanhola tornou-se membro de pleno direito da CPLP em julho de 2014, mediante um "roteiro de adesão" que incluía a divulgação do português como língua oficial e a abolição da pena de morte, medida que ainda não foi ratificada pelo Presidente equato-guineense, Teodoro Obiang.