1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Crise do petróleo alastra-se a multinacionais em Angola

Nelson Sul D'Angola (Benguela)30 de janeiro de 2015

Construtoras em Angola começam a ressentir-se da austeridade. O primeiro sinal veio da brasileira Odebrecht, uma das principais beneficiárias das grandes obras públicas no país.

https://p.dw.com/p/1ETP3
Foto: DW/Nelson Sul D'Angola

A baixa do preço do petróleo a nível internacional começa a mostrar a outra face do ''El Dorado'' angolano. O Governo introduziu medidas de austeridade e Luanda não está a conseguir cumprir as suas obrigações perante as operadoras privadas.

A construtora Odebrecht anunciou, recentemente, o encerramento de uma das suas maiores instalações, na província de Benguela, no sul do país.

Mais de 1.200 trabalhadores foram despedidos. Segundo a DW África apurou, esta decisão está, sobretudo, relacionada com a falta de pagamento das obras executadas por parte de Luanda. Além disso, não estarão previstas novas obras para a multinacional brasileira na região.

Sindicato está preocupado

Albano Calei General-Sekretär der Bauarbeitergewerkschaft Angola
Albano Calei, do sindicato dos trabalhadores da construção em BenguelaFoto: DW/Nelson Sul D'Angola

Albano Calei, secretário-geral do sindicato dos trabalhadores da construção em Benguela, diz que a situação atual na província é bastante preocupante.

''Neste momento, a empresa deve ter aqui menos de dez trabalhadores'', afirma. ''Todos os equipamentos foram vendidos e só vão ficar os guardas no portão para guardar as infraestruturas.''

A multinacional brasileira é uma das principais beneficiárias das grandes obras de construção no país.

Além da Odebrecht, há relatos de que estão a ser preparados outros despedimentos em várias construtoras de origem portuguesa e também nacionais.

Albano Calei diz que, até agora, já recebeu reclamações de mais de cem trabalhadores.

[No title]

''Por ironia do destino, os patrões não estão a dar esclarecimentos aos trabalhadores", conclui.