Deputado guineense ferido a tiro após ataque
8 de maio de 2022"Levei um tiro e foram disparados quatro", disse o também líder da União para a Mudança e proprietário da Rádio Bombolom, em declarações à agência de notícias Lusa.
Agnelo Regala contou à Lusa que, este sábado (07.05), estava no passeio juntamente com um vizinho quando foram feitos os disparos. "Passou uma viatura ao fundo da rua e, quando desceu a rua, foi disparado um tiro de dentro da viatura. Baixei-me e fugi e foram disparados mais três tiros", disse.
A União para a Mudança, na oposição no Parlamento da Guiné-Bissau, faz parte do Espaço de Concertação dos Partidos Democráticos guineenses, que esta semana afirmou que o incumprimento da lei para o envio de uma missão militar para o país pode configurar uma invasão pelas forças da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
O Espaço de Concertação "condenou sem reservas os sinais de desprezo e desconsideração à soberania da República da Guiné-Bissau por parte das entidades promotoras e autoras da decisão" e exortou a CEDEAO a respeitar os princípios fundamentais que sustentam a organização.
Governo português condenou ataque
O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal condenou este domingo (08.05) o ato de violência contra o deputado guineense Agnelo Regala.
"O Ministério de Negócios Estrangeiros condena o ato de violência contra o deputado Agnelo Regala", pode ler-se numa nota publicada no Twitter oficial do ministério liderado pelo ministro João Gomes Cravinho.
Na curta mensagem pode ler-se ainda: "o livre exercício da democracia deve ser garantido por um ambiente de segurança e liberdade".