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Líder do PAIGC denuncia restrições a ação de campanha

Lusa
17 de maio de 2023

Domingos Simões Pereira, líder da coligação Plataforma Aliança Inclusiva (PAI) - Terra Ranka, critica as restrições à sua ação de campanha em Bissau, que devia terminar na sede do partido, pelas forças de segurança.

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Foto: DW/I. Dansó

"É obrigatório responder à pouca-vergonha deste acontecimento", afirmou Domingos Simões, também líder do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que integra a coligação PAI - Terra Ranka.

Domingos Simões Pereira falava aos jornalistas na sua residência em Bissau, após ter percorrido durante cerca de três horas a principal avenida da cidade acompanhado por milhares de guineenses, numa ação que deu início à sua participação na campanha eleitoral para as legislativas de 4 de junho.

O líder do PAIGC denunciou que houve tentativas de bloquear a sua caravana eleitoral na rotunda do aeroporto, principal entrada na capital guineense.

Mais tarde, segundo Domingos Simões Pereira já na Chapa de Bissau, no mercado do Bandim, situado na Avenida Combatentes da Liberdade da Pátria, que liga o aeroporto ao centro da capital, encontrou um outro bloqueio, tendo de desviar para a estrada da Granja em direção à sua residência, onde estava outro bloqueio.

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"Isto é inaceitável", afirmou Domingos Simões Pereira. O líder do PAIGC salientou que na Guiné-Bissau quando chega a altura da campanha eleitoral há a tradição de todos se respeitarem.

"Hoje a entrada do líder do PAIGC que devia ser uma afirmação democrática e de convívio com os eleitores foi transformada num incidente", disse.

"Isto é uma provocação, é uma tentativa de convocar o povo para a violência", afirmou Domingos Simões Pereira, sublinhando que ninguém quer a violência, mas que se voltar a encontrar uma força de bloqueio durante uma ação de campanha vão enfrentá-la.

Material de campanha retido

Domingos Simões Pereira denunciou também que a PAI - Terra Ranka tem material de campanha retido. O candidato avisou que no dia em que o for levantar o material se não lhe for entregue vai convocar o povo para o ir buscar à força.

Os líderes políticos dos principais partidos guineenses têm por tradição, durante a campanha eleitoral ou quando estão durante algum tempo ausentes do país, entrar em Bissau percorrendo a avenida que liga o aeroporto ao centro da cidade com caravanas de apoiantes. Domingos Simões Pereira estava ausente do país desde março.

A ação de hoje, segundo informação disponibilizada pelo partido, estava prevista terminar na sede do PAIGC, situada na Praça dos Heróis Nacionais junto ao Palácio da presidência.

Duas coligações e 20 partidos políticos iniciaram sábado a campanha eleitoral para as sétimas eleições legislativas de 4 de junho da Guiné-Bissau, depois de o parlamento guineense ter sido dissolvido a 18 de maio de 2022. A campanha eleitoral na Guiné-Bissau vai decorrer até 2 de junho.

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