PAIGC defende coligações para estabilidade na Guiné-Bissau
1 de dezembro de 2022"Eu continuo a acreditar que é preciso promover a estabilidade, este país precisa de estabilidade, precisa convocar a Nação para uma governação que permita colocar prioridade naquilo que visa a população e para que isso aconteça é preciso que o Governo tenha uma base política de sustentação bastante ampla", disse Domingos Simões Pereira, em entrevista à agência Lusa.
Por essa razão, segundo Simões Pereira, o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) vai continuar aberto para "falar com outras formações políticas".
"É claro que ao dizer isto tenho de respeitar aquilo que for a visão dos órgãos competentes do partido, mas sob a minha liderança farei sempre tudo para convencer essas estruturas a permitirem que haja diálogo com as outras formações e aproveitar outras competências que podem estar em outros partidos, podem estar em partido nenhum, podem estar em organizações da sociedade civil, podem estar no país, como podem estar na diáspora", disse.
"Quando chega o momento da governação, nós temos de deixar de lado outros princípios e escolher os melhores para a implementação do programa que tiver sido concebido. Continuo convencido que este é o caminho que o país deve seguir", afirmou Domingos Simões Pereira.
Aberto ao diálogo com todos os partidos
Questionado sobre uma eventual coligação com o Partido de Renovação Social (PRS), salientou que quando o PAIGC afirma a "disponibilidade para falar com todas as formações obviamente inclui o PRS".
"Se o PRS entender, como nós entendemos, que havendo condições para o efeito, nós podemos concluir um acordo de estabilidade no parlamento para uma governação. Eu saúdo esse sentimento e reafirmo a minha adesão a esse princípio, mas só que é importante acrescentar que isso é válido para o PRS como poderá ser válido para outros partidos. Estamos abertos a dialogar com todos e isso inclui obviamente o PRS", afirmou o líder do PAIGC.
O Presidente guineense dissolveu o parlamento em maio último e marcou legislativas antecipadas para 18 de dezembro. No entanto, os partidos políticos já propuseram o adiamento das eleições, mas o chefe de Estado ainda não anunciou uma nova data.