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ConflitosIsrael

Netanyahu promete aumentar a pressão militar sobre o Hamas

nn | com agências
21 de abril de 2024

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu este domingo aumentar a "pressão militar" sobre o Hamas "nos próximos dias", sem mencionar um ataque à cidade sobrelotada de Rafah, no sul da Faixa de Gaza.

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Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelita
Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelitaFoto: Ilia Yefimovich/dpa/picture alliance

"Vamos desferir-lhe novos golpes duros - e isso vai acontecer em breve. Nos próximos dias, vamos aumentar a pressão militar e política sobre o Hamas, porque é a única forma de libertar os nossos reféns e de obter a nossa vitória", declarou o governante israelita, este domingo (21.04), num vídeo divulgado na véspera da Páscoa judaica.

O conflito em curso entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas foi desencadeado pelo ataque de 07 de outubro de 2023, que provocou a morte de cerca de 1.200 israelitas, a maioria dos quais civis, e levou ao sequestro de cerca de 240 civis, dos quais mais de 100 permanecem como reféns em Gaza.

Israel, que prometeu destruir o movimento islamita palestiniano, tem bombardeado a Faixa de Gaza, onde, segundo o governo local liderado pelo Hamas, já foram mortas quase 34.000 pessoas, a maioria das quais eram também civis.

A ofensiva israelita também tem destruído a maioria das infraestruturas de Gaza e perto de dois milhões de pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas, a quase totalidade dos 2,3 milhões de habitantes do enclave.

A população da Faixa de Gaza também se confronta com uma crise humanitária sem precedentes, devido ao colapso dos hospitais, o surto de epidemias e escassez de água potável, alimentos, medicamentos e eletricidade.

Destruição em Rafah, Gaza
Destruição em Rafah, GazaFoto: Khaled Omar/Xinhua/IMAGO

Os israelitas também têm protestado nas ruas contra o Governo de Netanyahu, quer para reclamar o regresso dos reféns feitos pelo Hamas, quer para contestar a obrigatoriedade de judeus ultraortodoxos se alistarem no exército israelita.

Fim de operação

O Exército israelita anunciou este domingo o fim de uma operação de mais de 50 horas no campo de refugiados palestinianos de Nur Shams, na Cisjordânia, que deixou 14 mortos e dezenas de detidos.

O Exército israelita confirmou que nove soldados e um agente da polícia fronteiriça israelita ficaram feridos durante a operação junto da cidade de Tulkarem e o seu estado varia de leve a grave.

Embora órgãos palestinianos, citando fontes familiares, tenham noticiado na sexta-feira (19.04) a morte de um líder local da Jihad Islâmica, Muhamad Jaber, conhecido como Abu Shuja, o militante apareceu em imagens publicadas nas últimas horas pela imprensa local nos funerais das vítimas da operação israelita.

Campo de deslocados em Rafah
Campo de deslocados em RafahFoto: Bassam Masoud/REUTERS

De acordo com fontes palestinianas locais, os mortos tinham entre 16 e 39 anos e os seus corpos foram transportados em procissão desde o Hospital Mártir Thabet Thabet até ao cemitério.

Israel estima que existam 15 detidos, enquanto o Clube dos presos Palestinianos estima que cerca de 50 tenham sido detidos, embora muitos tenham sido libertados nas últimas horas após os interrogatórios.

Palestinianos residentes na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental iniciaram hoje uma greve em protesto contra a recente operação militar de Israel no campo de refugiados.

A greve, convocada pelo movimento Fatah, do presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, abrange atividades em escolas, universidades, lojas, bancos e empresas, bem como todas as rotas de transportes públicos, segundo a agência noticiosa palestiniana WAFA.

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