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Ucrânia: Militares russos começam a regressar às bases

DW (Deutsche Welle) | Lusa
15 de fevereiro de 2022

Forças militares russas perto da fronteira ucraniana começaram a regressar às bases. É o primeiro sinal de um potencial aliviar de tensões entre Moscovo e o Ocidente, que já se preparava para uma operação militar.

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Foto: Evgeniy Maloletka/AP Photo/picture alliance

"As unidades dos distritos militares do Sul e do Oeste, que cumpriram as suas tarefas, já começaram a embarcar em meios de transportes ferroviários e rodoviários e iniciarão hoje o retorno às suas bases", disse o porta-voz do ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov.

Este anúncio é o primeiro sinal de um recuo de Moscovo na crise com a Ucrânia e os países ocidentais que dura desde o final de 2021.

"Juntamente com os nossos parceiros, conseguimos evitar uma nova escalada russa", reagiu o ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba, pouco depois do anúncio da retirada de algumas tropas russas da linha de fronteira.

A retirada também ocorre antes da reunião marcada para hoje entre o Presidente russo, Vladimir Putin, e o chanceler alemão, Olaf Scholz, que será recebido no Kremlin após uma visita do seu homólogo francês, Emmanuel Mácron, na semana passada.

Vladimir Putin recebe hoje Olaf Scholz em Moscovo
Vladimir Putin recebe hoje Olaf Scholz em Moscovo

Tensão desde novembro

A tensão entre Kiev e Moscovo aumentou desde novembro passado, depois de a Rússia ter estacionado mais de 100.000 soldados perto da fronteira ucraniana, o que fez disparar alarmes na Ucrânia e no Ocidente, que denunciou os preparativos para uma invasão daquela ex-república soviética.

Em dezembro, a Rússia exigiu garantias de segurança por parte dos Estados Unidos da América (EUA) e da NATO para impedir que a Aliança Atlântica se expandisse mais para o leste e estacionasse armas ofensivas perto de suas fronteiras.

Moscovo escreveu recentemente uma carta a todos os países membros da NATO e da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) pedindo-lhes que se posicionassem sobre o que entendem por segurança indivisível na Europa.

Apesar dos esforços diplomáticos, a diminuição da escalada militar e da tensão não foi alcançada até agora. A Rússia alega que tem o direito soberano de estacionar tropas em qualquer lugar de seu território e, por sua vez, denuncia o fornecimento massivo de armas à Ucrânia pelo Ocidente.

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