++ Minuto a Minuto: Eleições em Angola ++
24 de agosto de 2022Todas as atualizações na hora de Luanda.
Os principais acontecimentos do dia:
- CNE diz que votação foi um "sucesso retumbante" e que não recebeu "qualquer referência a irregularidades relativas" ao processo.
- Atrasos na abertura das mesas de voto, preenchimento de atas a lápis e a não credenciação de delegados de lista entre as irregularidades constatadas
- Em entrevista à imprensa moçambicana, ativista Rafael Marques critica falta de delegados de lista
- CNE autoriza votação com Bilhetes de Identidade (BI) expirados
- Adalberto Costa Júnior diz esperar que "os votos sejam todos contados", JLo: "é a democracia que ganha, é Angola que ganha". Principais candidatos votaram pela manhã.
21:30 - Encerramos o acompanhamento das eleições em Angola neste 24 de Agosto de 2022. Obrigado por nos acompanhar!
21:23 - Acompanhe o programa especial da DW África sobre as eleições em Angola
21:15 - No último briefing de hoje sobre as eleições gerais, Lucas Quilundo afirmou que "a CNE não recebeu, de forma oficial, qualquer referência a irregularidades relativas" ao processo.
19:18 - A contagem de votos para as eleições gerais de Angola já começou nas assembleias de voto da capital angolana, maior praça política eleitoral do país, após o encerramento oficial do sufrágio às 17h locais. Em entrevista à DW África, o coordenador do Observatório Eleitoral Angolano (Obea), Luís Jimbo, diz acreditar que o processo pode estar concluído dentro de três dias.
19:10 - Em Malanje, o processo de votação foi marcado por irregularidades, relata o correspondente da DW, Nelson Camuto.
19:00 - Observadores portugueses que estão a acompanhar as eleições de hoje em Angola consideram que o processo eleitoral decorreu sem incidentes e com "total normalidade", correspondendo a "um passo em frente do ponto de vista da democratização" do país.
"Creio que estas eleições correspondem a um passo em frente do ponto de vista da democratização", disse o presidente do Partido Socialista (PS), Carlos César, observador convidado pelo Presidente da República de Angola e pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE).
18:57 - O porta-voz da Comissão Nacional Eleitoral de Angola, Lucas Quilundo, disse hoje em Luanda que o "processo de eleição foi um sucesso retumbante".
"Uma vez mais e de forma exemplar os eleitores angolanos deram prova de civismo e mostraram espírito bastante pacífico", acrescentou Quilundo, que falava aos jornalistas no Centro de Imprensa Aníbal de Melo.
"Todas as 13.338 assembleias de voto no país e no exterior já encerraram", adiantou Lucas Quilunda. O porta-voz da CNE disse ainda que o Centro de Escrutínio Nacional "já começou a receber as primeiras atas de votação, provenientes da África do Sul, República do Congo e Zâmbia".
18:50 - Acompanhe o especial Angola Eleições 2022 na DW África com o nosso enviado especial a partir de Luanda, correspondentes nas províncias e a análise de especialistas nacionais.
18:39 - O ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, manifestou "expetativas positivas" sobre a forma como estão a decorrer as eleições de hoje em Angola, sublinhando uma campanha eleitoral "muito participada".
"A nossa expecativa é muito positiva. Dia de eleições é sempre um dia de grande participação cívica e democrática", disse João Gomes Cravinho.
18:30 - Seis delegados de lista da UNITA foram detidos no município de Nambuangongo sob alegação de estarem com atas eleitorais falsas. A informação foi avançada por uma fonte do partido à DW África. A UNITA alega que eram cópias dos cadernos eleitorais e atas simuladas que alguns delegados de lista levaram consigo para as assembleias de voto para melhor controlo, uma vez que o documento está disponível na Internet.
18:15 - Vários eleitores "votaram e sentaram" junto a algumas assembleias de voto, para controlarem os seus boletins, tal como tinha pedido o maior partido da oposição, a UNITA.
Mas grande parte dos eleitores "votou e bazou" dos locais de votação - nem todos os eleitores conheciam o apelo da sociedade civil e outros que sabiam, votaram e foram para casa.
17:53 - Em Lisboa, ainda decorre a votação no Consulado Geral de Angola. Sob o olhar de polícias, apoiantes da UNITA cantam vitória e antecipam os resultados que desejam: "Adalberto Costa Júnior, Presidente", gritam. Os manifestantes não arredam pé do Consulado enquanto se preparam as condições estabelecidas por lei para o início da contagem dos votos em Lisboa e no Porto, relata o correspondente da DW em Lisboa, João Carlos.
17:05 - As mesas na assembleia de votos também encerraram pontualmente, às 17h, em Menongue.
17:00 - O relógio já marca 17h, urnas encerradas. Na província de Benguela, muitos eleitores ficaram sem votar por chegarem tarde às assembleias de voto.
16:50 - No seu primeiro balanço, a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) reportou que a votação esteve a decorrer sem incidentes, mas algumas das pessoas reportaram à Lusa irregularidades, desde atrasos na abertura das mesas de voto, preenchimento de atas a lápis e a não credenciação de delegados de lista na assembleia de voto n.º 1030, nos Mulenvos de Baixo, em Cacuaco, um musseque com ruas esburacadas de terra batida e casas de autoconstrução nos subúrbios da cidade.
16:45 - O cidadão Zacarias Samuel não sabe onde votar. Já foi a vários sítios, seguindo indicações da CNE, mas ainda não encontrou a sua mesa de voto. A AJPD já tinha alertado que "confusões" como esta poderiam acontecer no dia da ida às urnas.
16:30 - No dia das eleições gerais em Angola, a DW conversou com a candidata Bela Malaquias:
16:15 - Muitos angolanos puderam hoje votar pela primeira vez. Nas primeiras eleições na diáspora, o movimento de eleitores foi constante mas tranquilo na assembleia de voto 13.216, na Embaixada de Angola em Berlim, capital da Alemanha.
16:00 - Em entrevista a canal moçambicano, o ativista Rafael Marques denuncia falta de delegados de lista.
15:45 - Assembleias de voto em Menongue registam tranquilidade a poucas hora do encerramento do escrutínio.
15:35 - A ministra de Estado da Área Social de Angola fez hoje um apelo às eleitoras. Carolina Cerqueira pediu que as mulheres marcassem presença "neste momento político", porque elas podem ser o "pilar da democracia" e o "futuro do país". Acompanhe a cobertura da DW ao minuto:
15:25 - Mesas sem delegados de listas no Kwanza Sul. O secretário-executivo da CASA-CE no Kwanza Sul, Quartim Portugal, reclamou do facto de a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) não ter atendido às reclamações no que diz respeito à falta de 38 delegados de lista. Segundo a mesma fonte, isso dificultará a recepção das atas sínteses.
15:15 - Manuel Fernandes, candidato da CASA-CE, denunciou hoje a deslocalização das assembleias de voto em Luanda. Fernandes disse que "realidades como esta não são positivas" e que isto pode "inibir a adesão de muitos eleitores". Por seu turno, o candidato da APN, Quintino Moreira, falou da suas expetativas nestas eleições gerais.
15:10 - Duas assembleias de voto, na comuna da Kibala do Norte, município do Nzetu, província do Zaire, encontram-se inoperantes, denúncia secretário provincial da UNITA.
A província do Zaire, no norte de Angola, conta para as Eleições Gerais de 24 de agosto com 259 assembleias de voto e um total de 566 mesas distribuídas pelos seis municípios da província. 320 mil eleitores são esperados nas assembleias.
15:05 - Mais de 2.200 angolanos estão recenseados para votar em França. Esta manhã, mais de uma centena já tinham votado na Embaixada de Angola em Paris. Dentro da Embaixada de Angola, que se situa no número 19 da Avenida Foch, um dos bairros mais chiques de Paris, estão instaladas três mesas de voto e durante a manhã já tinham votado mais de 120 pessoas.
15:00 - Na província angolana do Kwanza Norte, a UNITA denunciou hoje a detenção do secretário provincial da juventude revolucionária de Angola, Edvaldo Cabral, que também é candidato à deputado na Assembleia Nacional, ao nível do círculo provincial local.
De acordo com uma fonte do partido, Cabral está detido nas celas do serviço de investigação criminal do Kwanza Norte por alegadamente ter influenciado alguns votantes. O facto terá ocorrido na assembleia número 4.079, instalada nos escombros do edifício do antigo BNA. A DW África contactou o porta-voz do Serviço de Investigação Criminal, Adão Morais, mas não teve sucesso.
Um outro cidadão, de aproximadamente 19 anos, que votou numa das mesas da assembleia número 4.109, no bairro Vieta, cidade de Ndalatando, está detido desde às 11h desta quarta-feira, por alegadamente ter votado com um bilhete de identidade do qual não é o titular, segundo fontes oficiais.
15:00 - A imprensa alemã também destacou o dia de eleições em Angola.
O periódico "Frankfurter Allgemeine Zeitung", num artigo online, salientou a possibilidade de mudança após a era José Eduardo dos Santos. "Um novo amanhecer após a era Santos?", questionou. O FAZ escreveu que há uma forte oposição em Angola nestas eleições, mas que terá dificuldade em quebrar o aparelho de poder do partido no poder.
O "Tagesschau", um dos veículos mais tradicionais do país, questionou: "Mudança de poder após quase 50 anos?". E frisou que, pela primeira vez desde a independência de Angola, a oposição pode ganhar as eleições, dando conta que os jovens eleitores angolanos têm forte influência.
A emissora de rádio "Deutschlandfunk" também deu conta que se espera uma corrida renhida entre o partido governante do MPLA do atual Presidente João Lourenço e o maior partido da oposição, UNITA, com o líder Adalberto Costa Júnior.
14:45 - Nesta tarde, idosos continuaram a deslocar-se até às urnas para a escolha de novo Presidente do país na província de Benguela no Lobito. Alguns apresentaram dificuldades de mobilidade e visão, mas não desistiram.
14:40 - Nimi Ya Simbi, candidato da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), exerceu o seu direito de voto em Viana esta manhã, num dos mais populosos municípios da capital Luanda. Minutos depois de depositar o boletim de voto na urna, Nimi disse que a sua "grande expetativa é ganhar as eleições". Assista:
14:23 - Cidadãos com bilhete de identidade caducado podem votar. A plenária da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) deliberou, esta tarde, que os cidadãos eleitores com bilhete de identidade caducado - mas que tenham a cópia da cédula e o recibo de emissão de novo Bilhete de Identidade (BI) - não sejam impedidos de exercer o seu direito de voto.
A informação foi avançada por Lucas Quilundo, porta-voz da Comissão Nacional Eleitoral, no segundo briefing do dia, para a atualização do processo de votação no país. Quilundo apelou também à necessidade dos cidadãos acatarem as orientações da CNE, que orienta que permaneçam nas assembleias de voto após o ato eleitoral.
14:00 - Caminhos de terra batida, falta de acessos, problemas nos registos e uma ignorância grande sobre os procedimentos são os desafios das eleições gerais de hoje em Angola fora dos grandes centros urbanos. Em Duapandula, no meio de um caminho de terra batida no interior da província do Bengo, a norte de Luanda, há 13 delegados e quatro membros da assembleia de voto e só votaram, pelas 14:00, debaixo da árvore larga, que dá sombra à urna, 152 eleitores dos 288 registados.
"Somos mais delegados [partidários] do que votantes", disse à agência Lusa o representante da Convergência Ampla de Salvação de Angola -- Coligação Eleitoral (CASA-CE).
13:46 Também na província do Bengo, são muitos os eleitores que se têm dirigido às assembleias de voto. Segundo o nosso correspondente nesta província, António Ambrósio, alguns delegados de lista suplentes de algumas forças concorrentes viram-se impedidos de votar nas assembleias em que estão a trabalhar, com alegações de que tinham que ir votar nas suas zonas de origem.
Os observadores eleitorais vão marcando presença nas assembleias de voto e reclamam da deslocação de eleitores de uma província para a outra.
Escolas e tendas acolhem as assembleias de voto nesta província. Pelo menos 150 das 330 montadas no Bengo são tendas.
13:40 Fizemos um resumo da manhã de votação em imagens. Veja aqui.
13:28 O juiz presidente do Tribunal Supremo angolano, Joel Leonardo, considerou hoje o dia eleitoral como "momento da vitória do progresso, da democracia e da estabilidade" do país, definindo a adesão às urnas como sinal de "maturidade" dos angolanos.
"Naturalmente, revela maturidade, revela um sinal enorme de patriotismo significando que estamos no caminho certo", afirmou o magistrado, que exerceu o seu direito de voto na assembleia 1.339, na zona do Camama, município do Talatona, em Luanda.
12:53 Pedro Raul Nunes, eletricista de formação, vive há 41 anos em Portugal. Natural da província do Bengo, Huíla, este angolano de 51 anos de idade lamenta não lhe ser permitido votar nestas eleições gerais.
Conta à DW que tem o BI atualizado e que no Consulado, para onde telefonou antes, lhe tinham dado informações de que poderia eventualmente votar.
Facto é que, hoje (24.08), foi-lhe negado o direito de votar. No entanto, Raul Nunes revela desapontado que não fez antes o registo eleitoral porque achou que era desnecessário. Mas, lamenta, "gravíssimo" é o seu nome ter aparecido numa mesa de voto em Luanda como eleitor registado.
Este é um dos muitos casos de angolanos na diáspora impossibilitados do exercício do direito de voto e que apresentaram o seu protesto público, num dia de votação até então sem registo de qualquer incidente.
Daniel Martinho, a viver há cerca de 40 anos em Portugal, é um homem ligado ao cinema, à TV e ao teatro. O ator angolano veio ao Consulado Geral de Angola votar, feliz por ser a primeira vez que foi dada à comunidade radicada no exterior a possibilidade de exercer o seu direito de voto.
"Era uma aspiração que nos incomodava", afirmou à DW. "É uma forma de contribuirmos para um país melhor, porque nós na diáspora também fazemos Angola", precisou.
O ator felicita as autoridades angolanas que permitiram aos cidadãos manifestarem-se e, deste modo, contribuírem para a construção do país onde nasceram. No entanto, disse que ficou incomodado com o facto de muitos angolanos não poderem votar por razões diversas.
12:42 O conhecido ativista angolano Luaty Beirão partilhou na rede social Twitter a sua experiência de voto.
O ativista é um dos integrantes do grupo que interpôs Pum processo contra o Presidente João Lourenço e a comunicação social pública angolana pelo que classificam como "falta de isenção" e "tratamento desigual" dos partidos em vésperas de eleições.
12:38 A campanha eleitoral em Angola ficou marcada pelo apelo da sociedade civil e da oposição à monitorização do voto. "Votou, sentou" é uma iniciativa lançada por várias organizações da sociedade civil que prevê que "os eleitores sejam os próprios fiscais das eleições", de modo a exigir a contagem dos votos e a publicação dos resultados nos locais da votação.
Esta é uma iniciativa que gerou alguma controvérsia no país. Depois de ter afirmado que o "Votou, Sentou"é ilegal, a Comissão Nacional de Eleições desaconselhou, recentemente, a permanência dos eleitores no exterior das assembleias de voto por considerar que esta pode “gerar atrito”.
12:25 O candidato do Partido Nacional para a Justiça em Angola (P-Njango) considerou hoje as eleições como "ocasião soberana" para escolha dos governantes e exortou os eleitores a esperarem os resultados em casa, contrariando o movimento "Votou, Sentou".
Dinho Chingunji, que votou na assembleia 916, distrito do Nova Vida, município do Kilamba Kiaxi, em Luanda, exortou "todos os cidadãos a regressarem para as suas casas e a esperar pelos resultados".
12:17 O líder da Aliança Patriótica Nacional (APN), sem assento no parlamento angolano, manifestou-se "otimista" em relação à obtenção de uma "bancada parlamentar vasta" em resultado das eleições de hoje.
"Vamos influenciar no bom sentido, usando a diplomacia parlamentar que nos é peculiar, para que haja leis justas, leis equilibradas, e não leis impostas", disse Quintino Moreira, esta manhã, depois de depositar o seu voto numa assembleia de voto, em Talatona, perto da capital angolana.
"Quer isto dizer que haverá mais justiça social, porque com boas leis, e viradas para o povo, teremos obviamente melhor facilidade de resolver os problemas do povo", afirmou ainda o líder da APN.
Instado a responder sobre a intenção de permanecer junto à assembleia de voto depois de votar, Quintino Moreira afirmou que "está preceituado na Constituição e na lei que após a votação os eleitores devem retirar-se imediatamente para as suas residências e não continuarem nos locais de voto".
12:15 O processo de votação em Cabinda está a decorrer com alguma normalidade, mas com várias queixas por parte dos eleitores que dizem desconhecer as suas mesas de voto. Os cidadãos são obrigados a percorrer longas distâncias para votar, pois foram colocados em pontos longínquos da província e da capital.
Também de acordo com o correspondente nesta província, Simão Lelo, há delegados de lista de partidos que não foram credenciados.
Os eleitores estão a fotografar depois de votarem, confirmou o nosso correspondente.
José Nelson, um cidadão com deficiência auditiva, exerceu o seu direito de voto.
Recorde-se que durante a campanha eleitoral os eleitores com deficiência auditiva disseram sentir-se excluídos do processo eleitoral por não haver intérpretes de língua gestual.
12:05 Delegados de lista dos partidos políticos controlam o processo de votação no Bairro da Cuca, em Luanda.
12:00 A província do Zaire, norte de Angola, conta com 259 assembleias de voto, perfazendo um total de 566 mesas distribuídas pelos seis municípios da província e um total de mais de 320 mil eleitores são esperados esta quarta-feira.
Segundo o correspondente da DW, Firmino Chaves, as primeiras horas do dia estão a ser calmas. Timidamente, os eleitores vão chegando às assembleias de voto.
11:58 O presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) manifestou-se hoje "orgulhoso" pela adesão dos angolanos às urnas e enalteceu o "respeito, serenidade, calma e o espírito de paz e de participação" como decorre a votação.
"É com muito orgulho que vejo que as pessoas estão a acorrer às urnas, com muito respeito e serenidade, com muita calma e com muito espírito de paz e de participação", afirmou o arcebispo católico José Manuel Imbamba, na cidade de Saurimo, Lunda Sul, onde exerceu o seu direto de voto.
O responsável da CEAST disse esperar igualmente que as quintas eleições gerais angolanas, cuja votação arrancou oficialmente às 07:00 locais, marquem positivamente o convívio dos angolanos e o compromisso destes com a sociedade.
"Que marque também aquela responsabilidade que cada cidadão tem de colocar a sua pedra de bem, de justiça, de solidariedade e de reconciliação para que Angola seja de todos e que a cidadania saia a ganhar, a pátria saia a ganhar e que Angola fale mais alto do qualquer outro aspeto", exortou.
11:49 No Cuando Cubango, as assembleias de voto abriram oficialmente às 07h00, quando Anciã Laurinda Malassa, de 80 anos, votou pela quinta vez na assembleia Nº12819.
O governador da província e 1° Secretário provincial do MPLA, José Martins, bem como o secretário provincial da UNITA, Francisco Gaio Kakoma, também exerceram o seu direito de voto esta manhã.
11:40 O líder da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) disse hoje que o seu partido "vai vencer" as eleições, "porque quem vai para o combate não vai para perder", tendo enaltecido o cumprimento do seu dever cívico. Nimi a Simbi, que votou numa das urnas da assembleia 1.371, em Viana, Luanda, assegurou também que o problema "da desunião já não se coloca a nível da FNLA", referindo-se às disputas em tribunal pela liderança do partido.
11:35 A líder do Partido Humanista de Angola (PHA), Florbela Malaquias, manifestou um "sentimento de realização" após votar e reiterou a promessa de humanizar Angola "que se encontra completamente desumanizado em todos os sentidos".
"É muito importante (o meu voto) e sobretudo nesta arrancada para a humanização de Angola dar este passo é fundamental, é o sentimento de realização pessoal e coletiva, tanto minha, do partido como a do cidadão", disse Florbela Malaquias, que votou no bairro do Maculusso, distrito urbano da Ingombota, em Luanda.
Em declarações à saída da assembleia, onde exerceu o seu direito de voto, a presidente dos humanistas reafirmou que "vai humanizar Angola" em caso de vitória, nestas quintas eleições gerais angolanas.
Leia mais sobre esta que é a única mulher a liderar um partido em Angola aqui.
11:27 Delegado de lista da UNITA na assembleia de voto 9.653, no Lobito, mostra-se preocupado com algumas irregularidades no processo eleitoral.
11:23 Para votar nas primeiras eleições angolanas de sempre na diáspora, muitos eleitores tiveram de viajar até Berlim - onde fica a única assembleia de voto na Alemanha. É o caso de João Nsiakenga que vive há 34 anos neste país e viajou de Estugarda até à capital angolana para exercer o seu direito ao voto. À DW, o eleitor afirmou que esta foi a primeira vez que votou em eleições angolanas.
10:58 "Angola está a ganhar maturidade no exercício democrático", afirma a candidata a vice-presidente da República do MPLA, Esperança Costa.
10:35 Angola elege, esta quarta-feira, o seu próximo Presidente. Há 47 anos que é o MPLA quem governa o país. No entanto, a oposição em peso diz que chegou a hora da mudança. Muitos angolanos, sobretudo jovens, clamam por uma alternância política.
Filipe Mário, Jesus Joaquim, Ngongo Mbaxi, Gomes Kiano e Wilton Pontaria são cinco jovens angolanos empreendedores, preocupados com o futuro da Nação, e que, por essa razão, vão votar nas eleições. À DW, estes jovens afirmam que é urgente encontrar soluções para uma série de problemas no país, nomeadamente, desemprego, falta de investimento na educação e cultura e poluição.
10:27 O líder da Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE), Manuel Fernandes, manifestou hoje, depois de votar, "plena confiança" no resultado eleitoral do atual terceiro partido com mais assentos no parlamento angolano.
"Temos a plena certeza de que, depois de uma profunda reflexão, e olhando as várias propostas de programa de Governo, sem sombra de dúvida, a CASA-CE vai ter resultados positivos", afirmou Fernandes, que votou esta manhã no Bairro Militar, em Talatona, perto da capital angolana.
10:20 Igreja Católica em Cabinda não foi credenciada como observador. A denúncia é do Padre Mbuca da Comissão de Justiça e Paz.
09:55 O candidato do Partido de Renovação Social (PRS) exerceu o seu direito de voto na assembleia 1.377, no Instituto Superior Politécnico do Bita, em Luanda. Após votar, Benedito Daniel manifestou "sentimento de alegria e de dever cumprido", exortando à afixação das atas sínteses nas assembleias.
"O sentimento é de alegria, é um dever cumprido e hoje é dia de festa, tínhamos de votar, viemos e exercemos o nosso direito de voto e esperamos que os cidadãos também possam exercer o seu direito de voto", afirmou.
Benedito Daniel disse também esperar que a CNE possa corresponder às expetativas dos eleitores. "Pode haver esta ou aquela questão, mas esperamos que se possa afixar nas assembleias de voto as atas sínteses que revelam os resultados efetivos da votação", exortou o candidato dos renovadores sociais.
09:39 Na sua conta do Twitter, o MPLA dá conta do momento do voto do seu candidato João Lourenço.
09:30 A agência Lusa noticiou, esta terça-feira (23.08), que o receio de instabilidade pós-eleitoral em Angola fez com que mais que duplicasse a procura de bens alimentares nos estabelecimentos comerciais em Luanda. Frescos, arroz, óleo e massa alimentar foram alguns dos produtos com mais saída nos diversos armazéns e estabelecimentos comerciais da capital angolana.
Nas últimas semanas, várias organizações e analistas têm alertado para a possibilidade de um cenário de violência pós-eleitoral no país.
A polícia angolana mobilizou 35.930 elementos para assegurar a segurança das assembleias de voto. As "medidas de prevenção" e segurança, de acordo com uma diretiva do Ministério do Interior angolano, vão vigorar até 01 de setembro, em que está prevista a "tomada de posse dos membros eleitos".
09:05 Na primeira declaração do dia à imprensa, o porta-voz da Comissão Nacional de Eleições falou de "um dia histórico" para o país e informou que a maioria das assembleias de voto abriu a horas para que os eleitores pudessem votar. "O processo decorre de forma ordeira e pacífica
mbém já votou. A votar no bairro 28 de Agosto, em Luanda, o líder da UNITA, que foi fortemente aplaudido pelos eleitores, disse que foi deslocado da sua assembleia de voto.
"Fiz a minha atualização" do registo eleitoral e "percebi que fui deslocado para outro local", mas "fiquei satisfeito e votei no meio do meu povo e constatei que a votação está a ser feita sem cadernos eleitorais aos fiscais, apenas um caderno eleitoral na mesa", afirmou aos jornalistas Adalberto Costa Júnior, instantes depois de votar na Escola Estrela da Manhã, na zona do Kilamba.
Costa Júnior defendeu mais uma vez a afixação dos resultados nas assembleias de voto.
"Eleições são uma festa. A minha expectativa também é que o dia decorra em ambiente de absoluta normalidade, de absoluta tranquilidade e que, no final do dia, sejam respeitados os votos depositados nas urnas e que sejam afixados os resultados em todas as assembleias como a lei confere".
08:56 Vários cidadãos angolanos estão a apelar ao voto nas suas contas na rede social Twitter.
08:40 O embaixador de Angola em Portugal foi o primeiro cidadão a votar nas eleições legislativas e presidenciais desta quarta-feira. Carlos Alberto Fonseca seguiu as indicações dos delegados de mesa e, depois de preencher o respetivo boletim, depositou o seu voto na urna fixa no Consulado Geral de Angola, exercendo assim o seu dever cívico como cidadão.
Antes da sua deslocação ao Porto, no norte de Portugal, Carlos Alberto Fonseca disse aos jornalistas que é histórica a participação dos angolanos a viverem no estrangeiro neste ato eleitoral e que acredita que o processo irá decorrer ao longo do dia com ordem e civismo. O diplomata qualificou de emocionante e gratificante o facto de ser o primeiro a votar na diáspora em Portugal.
08:38 O candidato do MPLA, João Lourenço, votou há instantes na assembleia de voto da Universidade Lusíada, em Luanda.
"Acabámos de exercer o nosso direito de voto, é rápido e é simples", disse João Lourenço, exibindo o dedo indicador com tinta indelével e convidando os cidadãos eleitores a fazerem o mesmo. No meio de uma enorme confusão de jornalistas que envolveram João Lourenço para registar o momento, o candidato do MPLA salientou que todos saem a ganhar: "é a democracia que ganha, é Angola que ganha", declarou.
A assembleia de voto n.º 105 foi pequena para as dezenas de jornalistas, eleitores e observadores internacionais que se acumularam no local e onde estiveram também o presidente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), Manuel Pereira da Silva, o ministro de Estado e da Casa Civil, Adão de Almeida, a governadora de Luanda, Ana Paula Carvalho, entre outras individualidades.
08:18 João Lourenço acaba de chegar à assembleia onde vai exercer o seu direito de voto.
08:05 A embaixadora de Angola na Alemanha, Balbina Malheiros da Silva, foi uma das primeiras a votar na embaixada em Berlim, única assembleia de voto na Alemanha. A votação teve início às 8h da manhã e deve encerrar às 18h locais. O movimento de eleitores é constante, mas não há filas.
07:54 Segundo fontes contactadas pela Lusa, registaram-se alguns casos isolados de atraso na abertura de assembleias de voto.
07:50 As campanhas eleitorais do MPLA e UNITA intensificaram-se nos últimos dias e ambos os partidos reclamam ser os mais bem posicionados para garantir as preferências dos eleitores.
Do lado do Movimento Popular de Libertação de Angola, o candidato João Lourenço apostou em mostrar trabalho feito, prometendo acabar no próximo mandato o que deixou por fazer nos cinco anos em que esteve na Presidência do país, apontando culpas à pandemia de covid-19.
Já Adalberto da Costa Júnior, da União Nacional para a Independência Total de Angola, focou-se no "cansaço" e erros do MPLA, que não conseguiu tirar ainda os angolanos da pobreza e centrou as promessas nas eleições autárquicas - que João Lourenço tinha prometido concretizar e falhou - e numa revisão constitucional que retire os excessos de poder ao Presidente.
07:45 Na província de Benguela estão instaladas mais de 980 assembleias de voto. Esta manhã, na assembleia nº 9658, minutos antes da abertura das urnas, o ambiente era de tranquilidade, como nos conta o nosso correspondente Daniel Vasconcelos.
07:40 Para as eleições de hoje, a Comissão Nacional Eleitoral criou 13.238 assembleias de voto, constituídas por 26.443 mesas, no território nacional, e 26 assembleias de voto com 45 mesas de voto no estrangeiro, para as quais foram recrutados 105.952 membros.
Do total de 14.399 milhões de eleitores, que poderão votar entre as 07:00 e as 17:00, 22.560 são da diáspora, distribuídos por 25 cidades de 12 países de África, Europa e América. Eleições gerais de Angola terão, pela primeira vez, participação de cidadãos na diáspora.
07:35 À semelhança de João Lourenço, também o candidato da UNITA irá votar por volta das 08h00, anunciou o partido.
Adalberto Costa Júnior exerce o seu direito de voto na Escola Estrela da Manhã, Assembleia 805.
07:18 Na sua página do Facebook, a organização não governamental Friends of Angola relata filas de espera em algumas assembleias de voto.
07:17 Sete partidos e uma coligação concorrem às eleições desta quarta-feira, mas é João Lourenço, candidato do MPLA, e Adalberto Costa Júnior, candidato da UNITA, que estão mais bem lançados na corrida presidencial. Recordamos o perfil de cada um dos candidatos favoritos às eleições angolanas:
- João Lourenço promete uma Angola "melhor do que a que encontrou"
- Adalberto Costa Júnior: o "caçula" de oito irmãos que foi ator e sonhou ser piloto promete governar com "angolanos competentes"
07:03 No Namibe, vão estar abertas 314 assembleias de voto. E é lá, numa das assembleias instaladas na cidade de Moçâmedes, que está o correspondente da DW África, Adilson Abel.
07:00 Acabam de abrir as urnas em Angola.
Na votação, que agora arranca, cabe aos eleitores decidir se "a força do povo" continua do lado do MPLA, mantendo no poder o partido que governa o país desde a independência, ou se dizem "sim" ao apelo de mudança da oposição liderada pela UNITA.
06:52 Aos 79 anos, Adélia Namalange exerce hoje o seu direito de voto pela quinta vez. A idosa chegou 5h00 à assembleia de voto número 9658, no município do Lobito, em Benguela. Adélia aguarda pela abertura das urnas marcada para as 07h00.
06:45 O nosso correspondente na capital angolana, António Cascais, dá-nos conta do ambiente que se vive nesta manhã de eleições na Universidade Lusíada, onde o candidato do MPLA, João Lourenço, deverá votar por volta das 08h00.
06:40 No Bengo, a UNITA chamou a imprensa, esta manhã, para denunciar supostas irregularidades na votação. De acordo com o galo negro, a Comissão Eleitoral no Bengo está a proibir que os delegados de lista suplentes exerçam o direito de voto nas assembleias para as quais estão destacados, contrariando, desta feita, uma circular da Comissão Nacional de Eleições.
Também no Bengo, os delegados de listas do P-NJango criticam o seu partido por não disponibilizar dinheiro para despesas de alimentação e transporte. O responsável partidário diz não ter dinheiro para custear a deslocação dos seus fiscais e avança que só vai ter subsídio quem apresentar ata da assembleia de voto.
06:36 Luanda acordou, esta quarta-feira, com temperaturas amenas, cerca de 20 graus.
06:19 As mesas de votos só abrem às 07h00, mas as filas já se começam a formar. A DW falou com Adão da Silva, de 18 anos, que será o primeiro a votar na sua assembleia de voto, na Universidade Lusíada, na baixa de Luanda.
06:11 Leia aqui tudo o que precisa de saber sobre as eleições de hoje em Angola.
06:00 Mais de 14 milhões de eleitores angolanos são chamados a votar, esta quarta-feira (24.08), naquelas que são já tidas, segundo analistas, como as eleições mais disputadas de sempre no país.
Na corrida eleitoral, além dos tradicionais rivais MPLA e UNITA, concorrem mais seis formações políticas: a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), o Partido de Renovação Social (PRS) e a Aliança Patriótica Nacional (APN), Partido Nacionalista para a Justiça (P-NJANGO), Partido Humanista de Angola e a coligação Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE).