Morte de George Floyd provoca protestos em toda a Europa
6 de junho de 2020Na Alemanha, os protestos anti-racistas deste sábado (06.06), foram expressivos em várias cidades.
No centro da capital Berlim, milhares de pessoas reuniram-se na Alexanderplatz, erguendo cartazes onde se podiam ler frases como "Black Lives Matter" ("As vidas dos negros importam"), "No justice, no peace" ("Sem jsutiça, sem paz"), "Não consigo respirar" ou "A Alemanha não é inocente".
Os protestos, que também reuniram multidões nas cidades alemãs de Colónia, Münster e Nuremberga, estão a ser realizados em solidariedade às manifestações que têm ocorrido nos últimos dias nos Estados Unidos na sequência do assassinato de George Floyd.
Em Londres, o cenário foi também semelhante, apesar da ministra do Interior britânica, Priti Patel, ter apelado à população para não participar em manifestações "pela segurança de todos" por causa da pandemia.
Esta tarde, milhares de cidadãos, muitos com máscaras e luvas, concentraram-se na praça em frente ao parlamento britânico, no centro da cidade, enquanto se realizavam manifestações noutras zonas do país.
Também em Itália, várias centenas de pessoas protestaram de forma pacífica junto ao consulado dos Estados Unidos em Nápoles. Em inglês e italiano, os manifestantes gritaram também "Liberdade!" e "Sem justiça, sem paz".
Novos protestos agendados
Para este domingo (07.06) estão agendados novos protestos em cidades como Madrid e Bruxelas.
Em Paris, a polícia proibiu um terceiro protesto organizado pela Internet para este sábado (06.06), junto à Torre Eiffel, por causa dos riscos associados à propagação da covid-19.
George Floyd, de 46 anos, morreu em 25 de maio, depois de um polícia branco lhe ter pressionado o pescoço com um joelho durante cerca de oito minutos numa operação de detenção.
Washington espera multidão
Em Washington, nos EUA, é esperada, este sábado (06.06), a maior manifestação desde a morte de George Floyd em Minneapolis.
Segundo o secretário do Exército, Ryan McCarthy, as forças policias locais estimam um aumento no número de manifestantes que poderá ser entre os 100 mil e os 200 mil.