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Autoridades preocupadas com HIV/SIDA na cadeia de Quelimane

29 de novembro de 2019

Quase 300 dos 800 reclusos estão infetados com HIV, na cadeia civil de Quelimane, na Zambézia, centro de Moçambique. A direção da penitenciária diz que os reclusos beneficiam de tratamento antirretroviral.

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A cadeia de Inhambane tem atualmente 800 reclusos.Foto: DW/Marcelino Mueia

A direção do estabelecimento penitenciário de Quelimane diz, sem especificar números, que semanalmente são detetadas novas infeções pelo HIV.

O cenário obriga a cadeia a redobrar esforços para travar o fenómeno. Ainda assim, para o diretor da penitenciária, José Manuel, a situação é muito preocupante.

José Manuel refere que alguns reclusos entram na cadeia com alguns problemas de saúde, incluindo a infeção com o HIV.

O responsável pela cadeia de Quelimane disse que o que neste momento assusta "é a prevalência do HIV. Estamos a controlar com o (TARV) tratamento com antirretroviral e temos situações de malária e diarreias".

Centro médico para travar casos 

Para minimizar a situação, foi instalado um centro médico na prisão para assistir permanentemente aos doentes, nomeadamente com a realização de testes e a disponibilização de antirretrovirais e outros medicamentos para doenças associadas, como a tuberculose.

Autoridades preocupadas com HIV-SIDA na cadeia de Quelimane

O secretário do Núcleo Provincial de Combate à SIDA na Zambézia, Filipe Vicente, disse que a província tem dos índices mais altos da doença em Moçambique.

Aquela entidade fala em 28 mil novas infeções no espaço de um ano e mais de 300 mil pessoas que vivem com a doença.

"Os números já dizem qual é a situação da província. É por isso que precisamos de acelerar as ações de combate a esta doença desde a sociedade civil, as organizações e as comunidades", destacou Filipe Vicente.

A procuradora-geral adjunta de Moçambique, Lucia Maximiano, visitou recentemente o estabelecimento prisional e reconheceu que as condições de saúde e acomodação não eram boas.

"Não são aquelas que realmente o Estado desejaria dar-vos. São condições possíveis, mas vocês também vão ajudar a melhorar as condições que vos foram proporcionadas".

Dados do Conselho Nacional de Combate ao Sida indicam que em todo o país, em 2018, havia cerca de 2,2 milhões  de pessoas com HIV e destas 1.2 milhões em tratamento.