Dezenas de viaturas da saúde e artigos médicos destruídos
28 de dezembro de 2024“Nós temos até agora mais de 77 viaturas entre vandalizadas e destruídas e destas pelo menos 55 estavam na central de abastecimento e inclui viaturas novas que ainda deviam ser distribuídas pelos país”, disse o ministro da Saúde, Armindo Tiago, em declarações à comunicação social.
O responsável falava na sexta-feira (27.12) durante uma visita a unidades hospitalares da cidade de Maputo, em que revelou que um dos armazéns do centro de abastecimento de medicamentos incendiado em Maputo por manifestantes após a proclamação dos resultados pelo Conselho Constitucional continha medicamentos avaliados em 5 milhões de dólares (4,7 milhões de euros).
“Roupa hospitalar estava lá, compramos roupa hospitalar para 70 mil funcionários do Serviço Nacional de Saúde, que inclui sapatos medicinais, batas, calças, luvas, tudo estava lá e só isso está avaliado em 10 milhões de dólares (9,5 milhões de euros), incluindo o chamado material necessário para fazer gessos em bruto também estava lá”, disse Armindo Tiago, referindo-se a outros materiais hospitalares perdidos na sequência do incêndio.
O governante disse que Moçambique precisará de pelo menos dois anos para recuperar dos impactos dos atos de vandalismo e destruições no setor da saúde, destacando que levará pelo menos um ano para conseguir requisitar e receber os materiais médicos incendiados no centro de abastecimento de medicamentos.
“Mas o maior problema é que aquele é um armazém - nós também temos produtos que hão de chegar -, como ele está destruído, neste momento teremos de encontrar alternativas para colocar os equipamentos, insumos médicos que chegam ao país”, apontou Armindo Tiago.