Nigéria: Autoridades procuram por 39 alunos raptados
13 de março de 2021Homens armados invadiram o Colégio Federal de Mecanização Florestal em Mando, nos arredores da capital do estado, Kaduna, no final da quinta-feira (11.03) e levaram 39 alunos. Os militares conseguiram resgatar 180 pessoas, após uma batalha feroz com os atacantes.
"Uma equipa conjunta da polícia, exército e outras forças de segurança estão numa busca frenética pelos estudantes raptados", disse à agência de notícias AFP o porta-voz da polícia do Estado de Kaduna, Mohammadu Jalinge.
"Estamos a vasculhar as florestas e arbustos circundantes com o objetivo de libertar os reféns", garantiu.
Jalinge acrescentou que os pistoleiros não estabeleceram contatos com as autoridades.
Estima-se que o colégio tinha cerca de 300 alunos – rapazes e raparigas, na sua maioria com 17 ou mais anos de idade - na altura do ataque.
O comissário estatal para a segurança interna Samuel Aruwan também garantiu que as autoridades estavam a caçar os atacantes.
"Está em curso uma operação de resgate dos estudantes pelo pessoal de segurança do exército, força aérea, polícia e DSS [polícia secreta]", afirmou Aruwan à AFP.
Aruwan informou ainda que foram raptados 16 rapazes e 23 raparigas, além de funcionários da escola. Um número não especificado de estudantes foi ferido e está a receber assistência médica numa instalação militar.
"O Governo do estado de Kaduna está a manter uma estreita comunicação com a direção da escola", acrescentou.
Pais, familiares e simpatizantes desorientados têm estado a chegar à escola em busca de notícias.
Quatro ataques desde dezembro
Gangues fortemente armados no noroeste e centro da Nigéria têm intensificado os ataques nos últimos anos, raptos, violações e pilhagens.
Os gangues focaram-se recentemente nos ataques as escolas onde raptam estudantes ou crianças em idade escolar em troca de resgate. O ataque de quinta-feira foi pelo menos oquarto desde dezembro.
Os raptos em massa no noroeste do pauis estão a complicar os desafios de segurança enfrentados pelas forças de segurança do Presidente Muhammadu Buhari, que também estão a combater uma insurreição islamista de mais de uma década no nordeste.
O Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, condenou veementemente o rapto e apelou à "libertação imediata e incondicional dos estudantes que permanecem em cativeiro", disse o porta-voz da ONU, Stephane Dujarric.