Pequenos contratempos não afetam campanha eleitoral em Quelimane
23 de setembro de 2014
A campanha eleitoral está na contagem decrescente para seu termo. Os vinte e dois dias decorrentes possibilitam aos representantes das formações partidárias na cidade de Quelimane, província central da Zambézia, avaliarem de forma positiva o percurso desta maratona de conquista ao eleitorado para o dia da votação marcada para 15 de outubro.
A FRELIMO, Frente de Libertação de Moçambique, o partido no poder, escusou-se em avançar qualquer informação relacionada com a sua campanha eleitoral.
Os representantes de partido ao nível de Quelimane disseram á DW África que careciam de ordens superiores para dar entrevista, mas, simpatizantes daquele partido garantiram que tudo esta a decorrer a 100%.
A RENAMO, Resistência Nacional de Moçambique, o maior partido da oposição, considera que os eleitores estão a acatar perfeitamente a mensagem que está a divulgar nas comunidades sobre o que fará nos próximos cinco anos, caso o partido e o seu líder, Afonso Dlakhama, sejam eleitos nas eleições gerais de 15 de outubro próximo.
RENAMO satisfeita
Latifo Charifo, delegado distrital da RENAMO em Quelimane, está contente com o que já foi feito até aqui: "A avaliação é positiva, porque conseguimos transmitir a mensagem do partido RENAMO e do presidente Dhlakama para população votar nele e no partido. Não queremos que haja divisões entre os moçambicanos, queremos que haja igualdade nas oportunidades. Isto o presidente Dhlakama e a RENAMO vão implementar."
O delegado distrital da RENAMO em Quelimane afirmou por outro lado, que a caça ao voto está a ser intensificada com a alocação de mais recursos materiais, que chegaram tarde: "Dentro de dois a três dias vamos receber uma quantidade considerável de material. Já recebemos o dinheiro um pouco tarde, e pelo facto a campanha começou no domingo e nós recebemos o material só na sexta-feira."
Ainda de acordo com Charifo "o tempo de fabrico de material demorou um pouco. Mas já está ultrapassada a situação e brevemente teremos material suficiente para fazermos face a campanha."
MDM confiante
Esta terça-feira (23.09) o Movimento Democrático de Moçambique (MDM) não se fez ao terreno e reservou o dia para preparar a chegada do seu líder que é esperado nesta semana em Quelimane.
Uma das estratégias que os partidos políticos têm privilegiado na cidade de Quelimane é a campanha porta a porta.
Abrão Macete, porta-voz da campanha eleitoral do MDM, a segunda maior força da oposição, disse que desde que começou a campanha eleitoral um grande número de bairros residenciais já foram abrangidos, até os mercados.
O porta-voz do MDM garante que a principal arma está a ser bem usada: "O melhor recurso que temos, e que foi útil até ao momento e que continua a ser é o manifesto eleitoral. É ali onde está a nossa proposta de governação e esta é a mensagem que deve ser divulgada, portanto, não temos problemas com esse material."
"Para nos locomovermos aos vários sítios já temos recursos para tal, por exemplo motorizadas e viaturas. E para os lugares onde podemos chegar a pé, temos pés para irmos lá. Todas as condições estão disponíveis e só estamos à espera do dia 15 para podermos concretizar o que estamos a ler, agora, durante a campanha", finaliza Macete.
Os pequenos queixam-se
André Claudio, delegado político provincial da Aliança Independente de Moçambique, ALIMO, disse, entretanto, que oseu partido ainda não iniciou com a campanha eleitoral por falta de material de propaganda.
Mas seu eleitorado continua sendo mobilizado, garante Claudio e justifica os atrasos na sua formação: "Demoramos a avançar com a campanha eleitoral por causa do material. Mas o presidente do partido, centralmente, lá em Maputo, prometeu que até o dia 25 deste mês vamos arrancar com a campanha."
Para Raúl Paiva, do PDD, partido para Paz, Democracia e Desenvolvimento, a campanha também decorre na normalidade.
Mas a grande preocupação é o tratamento desigual que é manifestada pela Policia que não garante segurança das caravanas dos seus membros durante a conquista de voto: "Na Zambézia não há polícia para o PDD, existe polícia para a FRELIMO. Para nós nunca fez o acompanhamento. o que nos interessa é chegar ao eleitorado para falarmos do pedido ao voto."