Rússia "contava conseguir dividir a NATO", diz Joe Biden
26 de março de 2022O presidente norte-americano, Joe Biden, reafirmou, este sábado (26.03), em Varsóvia, que o artigo 5.º do tratado da NATO, que estipula que um ataque a um país membro é um ataque a todos, constitui "um dever sagrado" para os Estados Unidos.
A garantia foi dada pelo Presidente norte-americano ao homólogo polaco, Andrzej Duda, que teme a agressividade de Moscovo, após a Rússia ter invadido a Ucrânia.
"Podem contar com isso", reiterou Joe Biden sobre o artigo 5º, antes de citar uma velha máxima polaca que diz: "pela nossa liberdade e pela vossa".
Na mesma ocasião, Joe Biden disse que o presidente russo, Vladimir Putin, "contava conseguir dividir a NATO", mas que essa divisão não se verificou. "Ficámos todos juntos", disse.
Varsóvia apelou ainda à presença de forças de manutenção da paz da NATO na Ucrânia, mas Washington rejeitou.
Mais tarde, e já no Palácio Real, o Presidente norte-americano afirmou que o seu homólogo russo, Vladimir Putin, "não pode permanecer no poder" e deixou-lhe um aviso: "Não pense em mover-se um centímetro dentro do território da NATO".
O governante dos EUA aproveitou ainda a ocasião para voltar a afirmar que os Estados Unidos estão com o povo ucraniano e que não consideram o "povo russo" um inimigo.
Conversações em Varsóvia
Joe Biden está de visita à Polónia depois de ter participado em três cimeiras, da NATO, do G7 e da União Europeia (UE), em Bruxelas, centradas na invasão russa da Ucrânia.
O presidente norte-americano já visitou as forças armadas americanas estacionadas na Polónia perto da fronteira com a Ucrânia e reuniu-se, este sábado, pela primeira vez desde a invasão russa à Ucrânia, com os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa da Ucrânia, Dmitro Kuleba e Oleksii Reznikov, respetivamente.
No encontro, os Estados Unidos prometeram aumentar o seu apoio financeiro, humanitário e de segurança ao país.
"Os secretários Antony Blinken e Lloyd Austin prometeram continuar a atender às necessidades humanitárias, de segurança e económicas numa altura em que a invasão em grande escala do Presidente Vladimir Putin entra no seu segundo mês", lê-se no comunicado do Departamento de Estado dos EUA.
Artigo atualizado às 19h15 CET, com as declarações de Joe Biden no Palácio Real, em Varsóvia.