Índice de Democracia 2019: Três PALOP na última categoria
22 de janeiro de 2020O Economist Intelligence Unit (EIU) divulgou nesta quarta-feira (22.01) o seu Índice de Democracia 2019. O documento intitulado "Um ano de reveses democráticos e protestos populares" subdivide em quatro categorias a sua avaliação: democracias completas, democracias imperfeitas, regimes híbridos e regimes autoritários.
Dos PALOP, Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, a Guiné-Bissau é país que se encontra na pior posição: a 148, de um total de 167 países avaliados. Ainda assim é um dos países que registou "melhorias notáveis" no seu nível democrático em 2019. Está entre os países que registaram melhorias nos seus processos eleitorais, recordando que em 2019 se realizaram na Guiné-Bissau "eleições livres e justas" (legislativas e presidenciais).
Em 2019, o país subiu da 157.ª posição em 2018 para a 148.ª. Dos 10 pontos possíveis, a Guiné-Bissau conseguiu 2.63, contra 1.98 em 2018.
Acima está Moçambique na 120ª posição, logo seguido de Angola no lugar 119, os três países no grupo de regimes autoritários. Angola também subiu neste ranking, passando dos 3.62 pontos para os 3.72, e alcançando a 119.ª posição. Já Moçambique desceu na pontuação: 3.85 para 3.65.
O "bom suspeito" do costume...
Cabo Verde é o melhor posicionado, no 30º lugar. O arquipélago está na catergoria de democracias imperfeitas. Em 2019 obteve menos três lugares que no ano anterior. Na pontuação, registou um decréscimo, descendo de 7.88 em 2018 para 7.78 em 2019.
Este índice não inclui São Tomé e Príncipe.
A região da África Subsaariana viu a sua classificação descer de 4.36 em 2018 para 4.26 em 2019. No relatório, lê-se que a região conta com um elevado número de regimes autoritários, cerca de metade dos 44 países avaliados neste índice. Em 2019, prossegue a avaliação, a região registou uma significativa regressão democrática, com 23 países a assistirem a uma descida das suas posições.
Nesta região, as avaliações foram as piores desde 2010, após a crise económica e financeira global, quando todas as democracias do mundo registaram uma regressão democrática neste índice.
O melhor e o pior do índice
O relatório mantém a Noruega a liderar o ranking, país que continua a reunir 9.87 dos 10 pontos possíveis. A Coreia do Norte ocupa o último lugar, com 1.08 pontos.
O índice é baseado em cinco categorias: processo eleitoral e pluralismo, liberdades civis, o funcionamento do Governo, a participação política e a cultura política.
Elaborado anualmente pela Economist Intelligence Unit (EIU), ligada à revista britânica The Economist, este índice mede o nível democrático de regimes políticos.