Áustria multa 96 estrangeiros ilegais em estação de esqui
31 de janeiro de 2021Uma operação da polícia austríaca numa estação de esqui em St. Anton am Arlberg identificou quase 100 turistas estrangeiros que se encontravam ilegalmente no país e violaram as medidas restritivas impostas por Viena para tentar conter a pandemia de covid-19.
A operação policial na região do Tirol ocorreu na noite de sexta-feira (29/01), após uma denúncia do prefeito de St. Anton am Arlberg. Mais de 40 acomodações foram revistadas por 15 policiais.
"Foram registrados boletins de ocorrência contra britânicos, dinamarqueses, suecos, romenos, alemães, australianos, irlandeses e poloneses, entre outros. A multa para violações de entrada no país e das medidas restritivas pode chegar a até 2.180 euros [cerca de R$ 14,4 mil]", afirmou a polícia.
Ao todo, foram encontrados 96 estrangeiros que estavam ilegalmente no país.
Embora as estações de esqui continuem abertas apesar do lockdown nacional, os hotéis estão fechados para turistas e restaurantes só podem fazer entregas. Além disso, há restrições de entrada na Áustria para estrangeiros. Assim, na prática, apenas austríacos podem tirar proveito das pistas de esqui do país.
A denúncia de possíveis irregularidades foi feita pelo prefeito de St. Anton am Arlberg, Helmut Mall, que notou a presença de muitos estrangeiros na região. Eles aparentemente encontraram uma lacuna nas regras e registram o hotel onde estavam como sua segunda residência alegando estar procurando emprego.
"Mas no momento não há empregos no turismo", afirmou Mall ao jornal Kurier. O prefeito contou ainda que percebeu a presença de muitos jovens da Dinamarca, Reino Unido e Suécia na cidade.
A maioria dos europeus tem evitado os resorts de inverno depois de um grande surto de covid-19 ter atingido a cidade austríaca de Ischgl em março do ano passado. Centenas de turistas infectados no local levaram o coronavírus para seus países de origem.
Depois da operação, o agente da polícia local Siegmund Geiger afirmou que a exploração das lacunas nas regras não serão toleradas. "Há penalidades severas para esses tipos de violação", destacou.
cn (dpa/dw)