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27 de junho de 1993

Carola Hossfeld (rw)

No dia 27 de junho de 1993, uma missão antiterrorista na estação ferroviária de Bad Kleinen causou a morte de Wolfgang Grams, suspeito de participar da organização terrorista alemã Fração do Exército Vermelho.

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Ação antiterror em Bad KleinenFoto: AP

A pequena cidade de Bad Kleinen, no nordeste da Alemanha, com seus 4 mil habitantes, tornou-se conhecida no país com a operação para prender Birgit Hogefeld, de 36 anos, e Wolfgang Grams, de 40, suspeitos de participarem da organização terrorista alemã Fração do Exército Vermelho (RAF). Ao final, Grams e um policial de 25 anos morreram no tiroteio.

Grams e Hogefeld eram considerados pelo comando antiterror alemão como elementos de liderança dentro da RAF. Eles foram surpreendidos ao sairem de um restaurante na estação ferroviária de Bad Kleinen. Imediatamente, ela teria aberto fogo contra a polícia, explicou na mesma noite o promotor-geral Alexander von Stahl. Durante todo o tempo, no entanto, a opinião pública tinha a sensação de que algo no episódio não estava bem contado.

Panes, falhas, desinformação

Mais tarde, foi listada uma série de panes na perícia, erros no planejamento da missão e uma clara política de desinformação pelos responsáveis. A crise provocou a renúncia do ministro do Interior, Rudolf Seiters, e do promotor-geral Von Stahl. A imprensa, por seu lado, apresentou depoimentos de testemunhas que preferiram ficar no anonimato. Estas acusaram a polícia de ter assassinado Grams intencionalmente. Teria também o jovem policial sido morto acidentalmente pelos próprios colegas?

Dois meses depois, o então ministro do Interior, Manfred Kanther, e a então ministra da Justiça, Sabine Leutheuser-Schnarrenberg, apresentaram um relatório provisório das investigações. As circunstâncias da morte do terrorista ainda não estavam completamente esclarecidas, mas os investigadores estavam certos de que houve déficits na troca de informações e que os tiros que mataram o jovem policial foram mesmo disparados por Grams.

Em janeiro de 1994, baseada nos depoimentos de 142 testemunhas e vários peritos, a Promotoria estadual do estado de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental encerrou o inquérito, concluindo que Wolfgang Grams morreu por causa de um tiro que disparou da própria arma. Aos policiais que participaram da missão foi atestado "desnorteamento".