Jogando com a crise
20 de agosto de 2009A Gamescom, maior feira européia de jogos de computador, abriu seus portões nesta quarta-feira (19/08) em Colônia, no oeste da Alemanha. Até domingo, num espaço de quase 120 mil metros quadrados, serão apresentados mais de cem novos jogos para PCs, consoles e smartphones, trazidos por mais de 420 expositores de 30 países.
Com um primeiro dia dedicado ao público especializado, a feira está estreando em Colônia. Sediada até 2008 em Leipzig sob o nome de Games Convention, a Gamescom também abre para o público em geral nesta quinta-feira. Os organizadores esperam receber mais de 200 mil visitantes. Entre eles, novos adeptos da diversão computadorizada.
“Queremos acima de tudo conquistar novos públicos“, afirmou Olaf Wolters, gerente da União Federal dos Softwares de Entretenimento Interativos (BIU, na sigla em alemão).
O objetivo da indústria de diversão computadorizada é despertar a curiosidade de consumidores que até há pouco tempo raramente viam os videogames como passatempo. O alvo principal agora são famílias, idosos e jogadores eventuais, grupos que pouco a pouco se tornam consumidores importantes.
A média etária dos usuários de jogos de vídeo vem crescendo e o perfil deles vem mudando nos últimos anos. Cada vez mais jogadores são do sexo feminino.
Um terço dos jogadores é mulher
"Há algum tempo estamos observando uma tendência. Temos cada vez mais público feminino e pessoas de maior idade. Um entre três jogadores é mulher. Os usuários do sexo feminino são, com certeza, em sua maioria, integrantes do segmento dos que jogam eventualmente. Isso é, para nós, um indicador de que cerca da metade dos jogadores são jogadores eventuais", conclui.
Segundo estatísticas da BIU, 25% dos alemães jogam no computador com uma frequência cada vez maior. “Isso quer dizer que 75% não o fazem. E esse é um grande potencial”, avalia Wolters.
As vendas de jogos para computador na Alemanha apresentam crescimento, apesar da crise. De acordo com dados apresentados pela BIU, no primeiro semestre de 2009 foram vendidos 25 milhões de jogos no país. O faturamento em 2009 teve um crescimento de 2% em relação a 2008, quando o setor vendeu 2,7 bilhões de euros em software e hardware.
Já nos Estados Unidos, o maior mercado do ramo no mundo, o faturamento geral para hardware e software caiu em 14%, enquanto no Reino Unido a venda de videogames diminuiu em 6%.
"Em comparação com nossos colegas internacionais, ainda estamos indo muito, muito bem. Mas gostaríamos muito de poder contar com um faturamento ainda maior, especialmente no próximo ano, para além de 10%. A expectativa de crescimento para além desse ano está entre 3% e 5%", afirma Wolters.
MD/JG/ap/dpa
Revisão: Roselaine Wandscheer