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Gripe suína

29 de abril de 2009

Três casos de gripe suína foram confirmados na Alemanha, dois no estado da Baviera e um em Hamburgo. Há grande precaução nos aeroportos em relação aos aviões que chegam do México.

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Médica do Instituto de Infectologia da Universidade de Düsseldorf: país está preparado se o número de infectados aumentarFoto: AP

Segundo informações das autoridades sanitárias, um dos pacientes infectados no estado da Baviera tem quase 40 anos de idade e mora na região de Regensburg. Exames feitos por profissionais do Instituto Robert Koch confirmaram o diagnóstico da gripe suína. Outro caso foi confirmado na cidade de Kulmbach, no mesmo estado. Trata-se de uma mulher de 37 anos. Ambos estiveram recentemente no México.

Regresso do México

Em outras regiões do país, há também casos de pessoas que regressaram do México e apresentam sintomas que levam à suspeita de contaminação com o vírus da gripe suína. Na Renânia do Norte-Vestfália, há três casos de suspeita.

Symbolbild WTO Schweinegrippe
Farmacêutico prepara medicamento para uso em caso de gripe suínaFoto: AP/DW-Montage

Em Hamburgo, foi confirmado o diagnóstico numa paciente de 22 anos, que havia sido hospitalizada na manhã da terça-feira (28/04) apresentando os sintomas típicos da gripe suína. Ela havia regressado do México no último fim de semana. Depois de desembarcar em Düsseldorf, viajou até Hamburgo, onde vem sendo mantida sob observação em isolamento.

No México, suspeita-se que 159 pacientes tenham morrido em consequência da contaminação com o vírus A/H151 nas últimas quatro semanas. Sete destes casos foram confirmados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Supostamente, há 2.498 pessoas infectadas no país. Muitas das vítimas já deixaram, porém, os hospitais e encontram-se recuperados, enquanto 1.311 pacientes continuam sendo tratados.

Nos Estados Unidos, foi confirmada a primeira morte em consequência da gripe suína: trata-se de uma criança do Texas de quase dois anos de idade, que esteve anteriormente no México.

Cancelamento de vôos

Nos aeroportos alemães, as autoridades sanitárias estão preparadas para a chegada de aviões do México. Caso haja passageiros que apresentem sintomas do vírus, a aeronave deverá ser isolada e os envolvidos passarão por exames médicos antes de deixar o aeroporto. Se a suspeita se confirmar, deverão ser isolados imediatamente.

Na opinião de Walter Geber, diretor do pronto-socorro do aeroporto de Frankfurt, os controles acirrados não são, contudo, muito eficazes, já que os passageiros vindos do México, por exemplo, podem começar a apresentar os sintomas da doença somente dias após o retorno do país.

Os governos de Cuba e da Argentina cancelaram provisoriamente o tráfego de aeronaves provenientes do México. O governo francês defende uma interrupção nos vôos vindos do México em direção a todos os países da União Europeia. As agências de viagem na França já cancelaram todos os vôos marcados para o país nos próximos dias.

Estoque de medicamentos

Bundesgesundheitsministerin Ulla Schmidt
Ulla Schmidt, ministra alemã da SaúdeFoto: picture-alliance/dpa

A ministra alemã da Saúde, Ulla Schmidt, afirmou que o governo fará de tudo para que não haja uma pandemia de gripe no país. "Mas nenhum de nós sabe como a história vai se desenrolar", disse a ministra. Segundo ela, é importante salientar que todos os casos confirmados e de suspeita na Alemanha são de pessoas que estiveram no México.

Além disso, afirmou Schmidt, a Alemanha se preparou a tempo e sob vários aspectos para o combate à gripe. A Sociedade Alemã de Infectologia, por outro lado, criticou a quantidade insuficiente de medicamentos antivirais no país, caso o número de infectados suba realmente.

Pânico vai diminuir

O medo generalizado da gripe suína deverá diminuir dentro de poucas semanas, acredita Borwin Bandelow, professor de Psiquiatria em Göttingen. "O grande pânico vai se tornar menor daqui a mais ou menos um mês. Em quatro semanas as pessoas vão se acalmar. É sempre assim", afirma Bandelow.

Especialista em "medos coletivos", o pesquisador estudou a reação da população depois do surto da gripe do frango e dos atentados terroristas do 11 de setembro, entre outros. Segundo ele, a gripe suína causa mais temor por ter surgido "do nada" e parecer incontrolável. "Tudo o que é novo é ameaçador", conclui Bandelow.

SV/ap/dpa/rtr

Revisão: Rodrigo Abdelmalack