Afeganistão
9 de janeiro de 2011O ministro alemão das Relações Exteriores, Guido Westerwelle, assinou neste domingo (09/01), no Afeganistão, um acordo segundo o qual seu país perdoa dividas afegãs no valor de 13 milhões de euros. Além disso, ele assegurou que a Alemanha irá disponibilizar a longo prazo ajuda financeira para a reconstrução do país asiático. Por questões de segurança, a viagem de Westerwelle não fora anunciada anteriormente.
O ministro alemão reafirmou a meta de Berlim de iniciar no fim deste ano a retirada dos soldados alemães do Afeganistão. Após encontro com seu colega de pasta afegão, Zalmai Rassul, Westerwelle mostrou-se confiante que o Parlamento alemão irá aprovar com larga maioria os planos em relação à presença militar alemã no Afeganistão. O chefe da diplomacia alemã tem ainda agendado um encontro com o presidente do país, Hamid Karzai.
Depois do Paquistão
Antes de chegar a Cabul, Westerwelle passara dois dias no vizinho Paquistão, onde ressaltou o grande interesse de Berlim em manter relações estáveis com o país.
Segundo o político liberal, a potência nuclear, com seus 170 milhões de habitantes, exerce um "absoluto papel chave" em toda a região, inclusive no contexto de um apaziguamento do Afeganistão. Westerwelle reuniu-se em Islamabad com o premiê paquistanês Yousaf Raza Gilani.
O novo mandato da Bundeswehr (Forças Armadas alemãs) no Afeganistão deverá ser discutido na próxima quarta-feira pelo gabinete da chanceler federal Angela Merkel. A votação no Bundestag (câmara baixa do Parlamento alemão) está marcada para 28 de janeiro, e a aprovação é dada como certa.
"Caso a situação permita"
O novo mandato prevê para fins de 2011 a retirada das tropas alemãs do território afegão, com a seguinte ressalva: "caso a situação permita". O governo alemão afirma "estar certo de que irá, no contexto da transferência da responsabilidade sobre a segurança do Afeganistão, poder reduzir a presença da Bundeswehr a partir de fins de 2011".
Atualmente, cerca de 4.600 soldados alemães estão estacionados em Hindukush. Ao todo, há 150 mil militares estrangeiros no país. De acordo com as normas atuais, a Alemanha tem a permissão de enviar ao país até 5.350 membros da Bundeswehr. Desde o início deste ano, Berlim assumiu também a coordenação de assuntos relacionados ao Afeganistão dentro do Conselho de Segurança da ONU.
SV/dpa/rtr
Revisão: Augusto Valente