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Turismo

18 de junho de 2010

Apesar da crise, paixão dos alemães por viajar continua inalterada. Em 2009, a população do país gastou cerca de 61 bilhões de euros com viagens ao exterior.

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Sair do país: vontade de muitos

Após o ano de crise 2009, os sinais são bastante positivos para o setor de turismo na Alemanha, pois os alemães voltaram a gastar dinheiro com viagens, como de costume. Apesar da insegurança e do medo do futuro, aproximadamente dois terços da população do país está planejando sair de férias pelo menos uma vez em 2010.

A alta temporada continua sendo a das férias escolares, principalmente nos meses de verão (meados do ano). A tendência do setor é a de cada vez mais gente optar por pacotes de viagem com tudo incluído, e por férias em spas.

Duas semanas bastam

Segundo a Comunidade de Pesquisa sobre Viagens e Férias (FUR), cerca de 70% dos alemães vão tirar férias em 2010, enquanto 15% da população está indecisa a respeito do assunto. No entanto, apenas um em cada oito permanece em férias mais que três semanas: via de regra os alemães passam duas semanas viajando.

De acordo com a Confederação Alemã de Viagens (DRV), os turistas alemães gastaram, no último ano, quase 61 bilhões de euros com férias no estrangeiro, confirmando assim a fama de "campeões mundiais de viagem".

Embora eles viajem com prazer para o exterior, as ofertas dentro do país estão sendo mais procuradas que nunca. Uma pesquisa realizada pela revista Horizonte confirma que metade da população pode imaginar passar pelo menos parte de suas férias anuais dentro da Alemanha. Os destinos principais são as costas do Mar do Norte e do Mar Báltico, além do estado de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental.

Espanha: primeira da lista

Mallorca-Urlauber auf dem Flughafen Düsseldorf
Passageiros em Düsseldorf aguardam voo para a Ilha de Maiorca, um dos destinos preferidos dos alemãesFoto: DPA

O principal destino de férias dos alemães continua sendo, contudo, a Espanha. Segundo uma análise feita pela Fundação para Pesquisas sobre o Futuro, da British American Tobacco (BAT), um em cada oito turistas alemães procurou a Península Ibérica ou as Ilhas Canárias para passar suas férias no último ano. As reservas para 2010 confirmam esta tendência.

O segundo destino de viagem procurado pelos alemães, a Itália, só abocanha 6,9% do percentual total de turistas que vão para o exterior. Outro país onde os alemães também gostam de passar férias é a Turquia, para onde seguem 6,6% dos turistas anualmente. Uma das razões apontadas para tal predileção são os custos. Os alemães, embora gostem de viajar, atentam também para o bolso, e a Turquia é um país mais barato para passar férias que a Itália, apontam as pesquisas.

Pobres x ricos

O abismo entre pobres e ricos na Alemanha pode ser também sentido no comportamento da população em relação ao turismo. Em 2009, por exemplo, em 75% dos domicílios alemães mais ricos, com renda mensal superior a 3.500 euros, os moradores viajaram menos uma vez durante o ano de 2009.

Aqueles que ganham pouco não puderam nem ao menos sonhar com isso. Nos domicílios com renda inferior a 1.000 euros, apenas 20% das pessoas puderam viajar. Essa cisão social também pode ser sentida em termos das profissões: enquanto 80% dos funcionários públicos fizeram pelo menos uma viagem no ano passado, só 41% dos operários estiveram em condições de gastar dinheiro viajando.

Pacotes completos

As análises apontam que a grande tendência do momento é para pacotes com tudo incluído (transporte, acomodação e alimentação), bem como para spas e centros de wellness. Cruzeiros marítimos, camping e montanhismo estão também tomando lugar na lista de predileções do turista, enquanto viagens urbanas ou culturais caíram no ranking de preferências. E 10% dos alemães planejam uma viagem a algum país distante.

Apesar da consciência a respeito da necessidade de proteger o meio ambiente, o meio de transporte mais usado para as férias continua sendo o carro próprio ou o avião. Apenas 8,6% dos alemães usam ônibus e 5,2% trens para se locomover no tempo livre.

Autor: Zoran Arbutina (sv)
Revisão: Augusto Valente