Ataque a templo religioso nos EUA deixa sete mortos
6 de agosto de 2012Um atirador matou seis pessoas e feriu gravemente outras três num templo sikh no estado de Wisconsin, nos Estados Unidos, e foi depois morto pela polícia. O ataque, ocorrido na manhã deste domingo (05/08), está sendo tratado pelas autoridades de segurança americanas como um caso de "terrorismo doméstico".
Segundo as autoridades, um homem branco com cerca de 40 anos abriu fogo logo após o início da cerimônia religiosa. Quatro pessoas foram mortas dentro do templo e outras três, incluindo o atirador, do lado de fora. Entre os três feridos está um agente policial, baleado várias vezes pelo atirador.
Ao que tudo indica, o atirador abatido era o único, embora inicialmente tenham circulado várias informações que davam conta de pelo menos dois atacantes. Até a manhã desta segunda-feira, a identidade do atirador e as motivações para o ataque eram desconhecidas. Algumas testemunhas disseram que ele tinha uma tatuagem com referência ao 11 de Setembro.
Este é o segundo episódio do tipo nos EUA em menos de um mês. No caso anterior, ocorrido num cinema na cidade de Aurora, um subúrbio de Denver, no Colorado, um homem armado matou 12 pessoas e feriu dezenas de outras durante a exibição do novo filme do Batman.
Dezenas de membros da comunidade sikh, visivelmente chocados com o episódio, deslocaram-se para o templo, localizado em Oak Creek. A comunidade sikh nos Estados Unidos congrega entre 500 mil e 700 mil membros, que se queixam de serem frequentemente confundidos com muçulmanos. Segundo a tradição, os sikhs usam barbas compridas e não cortam o cabelo.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse estar profundamente triste com o tiroteio. "Enquanto lamentamos esta perda, que se registrou num lugar de culto, somos lembrados do quanto o nosso país se enriquece com a presença dos sikhs, que são parte da grande família americana", sublinhou, em comunicado. Transmitindo as suas condolências a familiares e amigos, Obama garantiu que a sua administração dará todo o apoio necessário às investigações sobre o tiroteio.
O primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, disse estar profundamente chocado e triste com as mortes. "Que estes atos de violência sem sentido tenham atingido um local de culto religioso é particularmente doloroso", afirmou Singh, também ele membro da comunidade sikh.
AS/lusa/rtr
Revisão: Marcio Damasceno