Balança comercial fecha 2017 com superávit recorde
2 de janeiro de 2018A balança comercial brasileira registrou em 2017 o superávit de 67 bilhões de dólares, segundo dados divulgados nesta terça-feira (02/01) pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). Esse foi o melhor resultado desde o início da série histórica, em 1989.
Em 2017, as exportações tiveram uma alta de 18,5% em relação ao ano anterior pela média diária, somando 217,7 bilhões de dólares. Já as importações registraram um aumento de 10,5%, chegando a 150,7 bilhões de dólares.
"Em 2016, as exportações tinham caído 3,5% e as importações tinham caído 20%. No ano passado, houve uma diferença brutal, com crescimento das exportações e também das importações. Os economistas leem esses dados como sinal da recuperação da economia brasileira", disse o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira.
Apesar do aumento, as exportações no ano passado não alcançaram o recorde registrado em 2011, quando as vendas externas totalizaram 256 bilhões de dólares.
O aumento das exportações em 2017 foi impulsionado pelas vendas de produtos básicos, que cresceram 28,7% no ano passado pelo critério da média diária, além de produtos semimanufaturados, que subiram 13,3%, e de produtos industrializados, com aumento de 9,4%.
O Brasil importou em 2017 mais combustíveis e lubrificantes, com um aumento de 42,8%, bens intermediário (11,2%) e bens de consumos (7,9%). As importações de bens de capital, como máquinas e equipamentos, caíram 11,4% em relação ao ano passado.
O resultado da balança comercial foi impulsionado, principalmente, pela recuperação dos preços internacionais dos bens primários e pela safra recorde. Em 2017, o preço médio das mercadorias exportadas subiu 10,1%, puxado pela valorização das commodities. Os destaques foram minério de ferro, com alta de preços de 40,9%, semimanufaturados de ferro e aço (34,3%) e petróleo bruto (32,2%).
Os maiores compradores do Brasil no ano passado foram a China (50,2 bilhões de dólares), seguida pelos Estados Unidos, (26,9 bilhões de dólares) e Argentina (17,6 bilhões de dólares). Os três países também foram respectivamente os maiores vendedores para o Brasil, seguidos pela Alemanha.
CN/abr/ots
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