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Blatter nega responsabilidade e diz: "corruptos são minoria"

28 de maio de 2015

"Sei que muitos me acham responsável, mas não posso monitorar a todos o tempo todo", afirma presidente da Fifa na abertura do congresso anual. Ele atribui recente escândalo à "ação de alguns poucos indivíduos".

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Foto: Getty Images/AFP/F. Coffrini

O presidente Joseph Blatter abriu normalmente o 65º congresso anual da Fifa, nesta quinta-feira (28/05), em Zurique, apesar do estouro do maior escândalo de corrupção da história da federação, na véspera, e que levou à prisão de sete cartolas, incluindo dois vice-presidentes da entidade máxima do futebol.

Em discurso que durou aproximadamente cinco minutos, Blatter reconheceu que a Fifa passa por um momento difícil e que os próximos meses não serão fáceis para a federação. "Tenho certeza de que haverá mais más notícias", disse.

Blatter afirmou que os corruptos são uma pequena minoria no futebol. "Mas, como na sociedade, eles devem ser detidos", disse. "Ações de indivíduos trazem vergonha e humilhação ao futebol e demandam ações e mudanças de todos nós. Não podemos permitir que a reputação da Fifa seja arrastada pela lama por mais tempo", afirmou.

Ele também negou qualquer responsabilidade pelo escândalo que resultou na detenção de sete cartolas e disse que não vai permitir que "as ações de alguns destruam o trabalho árduo e a integridade de uma vasta maioria que trabalhou tão intensamente pelo futebol".

"Sei que muitos me acham responsável pelas ações e reputação da comunidade futebolística global. Mas não posso monitorar a todos o tempo todo. Se as pessoas querem fazer coisas erradas, elas vão também tentar escondê-las", afirmou.

Blatter disse que a Fifa fará de tudo para cooperar com as autoridades e para encontrar todos os culpados e envolvidos. Por fim, o presidente se dirigiu aos representantes das 209 associações de futebol presentes ao congresso. "Amanhã, teremos a oportunidade de começar uma longa e difícil estrada para reconstruir a confiança, que precisamos reconquistar através de decisões que tomaremos."

Nesta sexta-feira, Blatter concorrerá à presidência da Fifa com Ali bin al-Hussein, príncipe da Jordânia e vice-presidente da federação na Ásia, para tentar seu quinto mandato consecutivo à frente da entidade.

PV/rtr/afp/ots