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Bundeswehr intensifica ajuda

(lk)1 de janeiro de 2005

Forças Armadas alemãs enviam navio para prestar assistência a sobreviventes e vai construir enfermaria na região mais afetada da Indonésia. Socorrer a população no Sudeste Asiático torna-se uma corrida contra o tempo.

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Indonésia, o país mais atingido pela catástrofeFoto: AP

A preocupação da Alemanha com as conseqüências da catástrofe no Sudeste Asiático, expressa também no discurso de Ano Novo à nação do chanceler federal Gerhard Schröder, manifesta-se em atos concretos: a generosidade da população com seus donativos milionários, o empenho de inúmeras equipes de defesa civil e medidas do governo federal.

Neste sábado (1º/01), o Ministério da Defesa anunciou a construção de uma enfermaria na província de Acé, no norte da Ilha de Sumatra, a região mais afetada pela tragédia. Um comando de oito soldados será enviado para lá o mais rapidamente possível para fazer um levantamento da situação. Cem soldados estão de prontidão para a tarefa. Em menos de uma semana, o minihospital deverá estar funcionando, segundo o vice-ministro do Exterior, Klaus Scharioth.

Além disso, está a caminho do golfo de Omã, onde estava estacionado, o navio Berlim. Com 45 leitos e capacidade para abrigar outras 100 pessoas necessitadas, o navio da Marinha alemã deverá estar em poucos dias prestando assistência na região afetada.

Corrida contra o tempo

Oficialmente o número de mortos é dado agora como 130 mil, mas a Organização das Nações Unidas já conta com 150 mil, admitindo ao mesmo tempo que provavelmente nunca se saberá o número exato. Uma semana após os maremotos e os tsunamis que atingiram uma extensa área no Sudeste Asiático, a situação não apenas continua caótica, como se agrava com fortes chuvas e abalos sísmicos que se sucedem e geram pânico.

Nach der Flut drohen die Seuchen / Kinder besonders gefährdet
Epidemias ameaçam em especial as criançasFoto: AP

O clima quente e úmido, as águas paradas, cadáveres em decomposição: as condições se tornam cada vez mais ameaçadoras para os sobreviventes, em grande parte amontoados em campos de refugiados. A Organização Mundial de Saúde (OMC) fala em cinco milhões de desabrigados e teme que epidemias cheguem a matar o mesmo tanto de pessoas que morreram pelas forças das águas.

Ajuda internacional

Os fundos disponibilizados pela comunidade internacional perfazem agora, segundo as Nações Unidas, 1,2 bilhão de dólares. Os Estados Unidos, por exemplo, decuplicaram para 350 milhões de dólares a ajuda inicialmente anunciada. Apesar disso, demora até que a ajuda chegue aos necessitados.

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Ajuda chega com grande dificuldade aos necessitadosFoto: AP

"Transporte, comunicação, nada está em condição de funcionar", disse a porta-voz da entidade Oxfam, Mona Lonzo. A ONG Médicos Sem Fronteiras fala de povoados praticamente devastados, onde não é possível sequer pousar de helicóptero. Estradas destruídas, a falta de veículos e de combustível, mas também erros de coordenação, dificultam os trabalhos de resgate.

O número de turistas alemães dos quais não se sabe o paradeiro continua acima de 1000. "A probabilidade de que muitos dos desaparecidos não retornem é muito grande. Não há motivo para grande otimismo", segundo o vice-ministro Scharioth.