Ameaça de bomba
29 de junho de 2007Dois dias após a sucessão de Tony Blair por Gordon Brown e cerca de dois anos depois dos ataques terroristas de 2005, a população de Londres viveu um dia de medo nesta sexta-feira (29/06).
Pela manhã, a polícia desativou uma bomba encontrada em um carro estacionado nas proximidades da estação de metrô Picadilly Circus, no centro da capital britânica.
Segundo informações da mídia britânica, a polícia realizou uma explosão controlada do veículo, no qual teria encontrado gasolina, cilindros de gás e uma grande quantidade de pregos.
A área em que foi encontrado o carro foi amplamente interditada, gerando um caos no trânsito na região, onde se encontram alguns dos grandes teatros de Londres.
"Se a bomba tivesse explodido, ela teria causado a morte de um considerável número de pessoas", disse o chefe da polícia antiterror de Londres, Peter Clark. Ele afirmou ainda que é "cedo demais para falar sobre possíveis autores do crime".
Ônibus suspeito
À tarde, a polícia também interditou o trânsito na Park Lane, uma rua nas proximidades do Hyde Park, supostamente por ter descoberto um ônibus de turismo suspeito.
Um porta-voz da Scotland Yard confirmou a ocorrência de "incidente suspeito na Park Lane". Em parte, o Hyde Park foi evacuado, informou a BBC.
Segundo o site alemão Spiegel Online, a polícia britânica não encontrou indícios de ligações entre os dois incidentes. No entanto, as ameaças desta sexta-feira lembraram os atentados ocorridos em 7 de julho de 2005, que deixaram um saldo de 52 mortos e 700 feridos em Londres.
O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, que assumiu o cargo na última quarta-feira, disse que o Reino Unido está exposto a um "perigo sério e constante. A população precisa permanecer sempre vigilante".
A nova ministra do Interior, Jacqui Smith, convocou uma reunião da Comissão de Segurança do governo. Segundo peritos em segurança, a ameaça de ataque tinha "dimensão internacional" e pode ter ligação com a rede terrorista Al Qaeda. (gh)