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Central nuclear de Zaporíjia volta a ficar sem energia

12 de outubro de 2022

É o segundo corte em apenas cinco dias na usina nuclear ucraniana ocupada pela Rússia. Planta depende de eletricidade externa para assegurar desaquecimento de reatores.

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Central nuclear de Zaporíjia, na Ucrânia
Veículo militar russo está estacionado em frente à central nuclear de Zaporíjia, na UcrâniaFoto: Alexander Ermochenko/REUTERS

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) alertou nesta quarta-feira (12/10) para um novo corte no fornecimento de energia à central nuclear de Zaporíjia, na Ucrânia.

Horas depois, o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, comunicou que o fornecimento de energia havia sido restabelecido.

Este foi o segundo corte em cinco dias na central, que é a maior da Europa e foi ocupada por tropas russas. Com seis reatores, a central nuclear de Zaporíjia não produz eletricidade desde 11 de setembro, quando foi desligado o último reator em funcionamento.

Mesmo desligados, os reatores necessitam de energia para evitar a fusão dos núcleos deles, o que poderia levar a um acidente radioativo.

Se estiver desconectada da rede externa de energia, a central nuclear fica dependente de geradores a diesel para desaquecer seus reatores.

Grossi confirmou que os geradores entraram em funcionamento, mas advertiu que a perda repetida de energia externa é "profundamente preocupante" e evidencia a necessidade urgente de uma zona de segurança e proteção nuclear ao redor do local.

Para esse fim, Grossi havia se reunido na terça-feira com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em Moscou.

Ataque aéreo russo provocou corte de energia

A Rússia e a Ucrânia têm-se culpado mutuamente por ataques à central. Eles danificaram prédios e o sistema de fornecimento de energia.

O operador nuclear da Ucrânia, Energoatom, afirmou que o corte na rede externa de energia foi provocado por um ataque russo com mísseisà subestação Dniprovska, na região de Dnipropetrovsk, ao norte de Zaporíjia.

A Energoatom já havia alertado para o risco de os geradores de emergência ficarem sem combustível ou deixarem de funcionar por qualquer razão, o que poderia levar a uma catástrofe nuclear.

O diretor da Energoatom declarou à agência de notícias AP que a planta de Zaporíjia tem combustível para manter os geradores funcionando por até dez dias e que eles são a última defesa antes de um acidente radioativo.

as/cn (Lusa, AP)