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China censura referências a Ursinho Pooh

17 de julho de 2017

Banimento das imagens não foi explicado, mas autoridades querem evitar ridicularização do presidente Xi Jinping, comparado ao urso rechonchudo em montagens nas redes sociais.

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Still - Die Abenteure von Winnie Puuh
Foto: picture-alliance/United Archives/IFTN

Algumas menções ao personagem de livros infantis Ursinho Pooh, criado pelo autor londrino Alan Alexander Milne nos anos 1920, foram banidas de várias redes sociais chinesas. Motivo: o urso foi comparado ao presidente Xi Jinping, aparecendo em diversas montagens.

O governo não justificou oficialmente a censura do personagem, descrito como ingênuo e lento de raciocínio, mas simpático e adorável. A franquia do Ursinho Pooh (Winnie the Pooh, em inglês; antes chamado Ursinho Puff, em português) foi vendida à Walt Disney Company em 1966 e ficou mundialmente conhecida.

Nesta segunda-feira (17/07) ainda eram permitidos posts mostrando a imagem e os caracteres em chinês para Winnie the Pooh (Weini xiao xiong, ou Winnie, o pequeno urso) na rede social Weibo, equivalente chinesa do Twitter. Mas os comentários estavam bloqueados, com um alerta de erro advertindo contra o conteúdo ilegal das mensagens. Na rede social WeChat, muito utilizada na China, imagens do Ursinho Puff foram apagadas da galeria.

Com a aproximação do congresso quinquenal de outono do Partido Comunista chinês, durante o qual o presidente Xi Jinping deverá obter um novo mandato à frente do país, os censores de Pequim se tornaram ainda mais vigilantes para proteger a imagem do chefe de Estado e evitar que ele seja ridicularizado.

As montagens comparando Xi Jinping ao ursinho rechonchudo não são novidade. Em 2013, internautas sobrepuseram uma imagem do presidente chinês e do ex-presidente Barack Obama com a do Ursinho Puff e de seu amigo Tigrão, o pequeno tigre.

No ano seguinte, as redes divulgaram uma montagem de Puff cumprimentando seu amigo Bisonho, um burro cinzento, espelhando uma foto de um aperto de mãos entre Xi Jinping e Shinzo Abe, o primeiro-ministro japonês.

Em 2015, uma fotografia do presidente chinês revistando as tropas foi comparada à do urso diante de um carro conversível. A imagem foi "a foto mais censurada do ano na China", segundo o portal de análises políticas Global Risk Insights.

RK/afp