1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

"Chuveiros" na entrada de Auschwitz chocam visitantes

31 de agosto de 2015

"Bizarros, ofensivos e de mau gosto." Para turistas, jatos d'água instalados diante do memorial remetem a antigas câmaras de gás nazistas. Segundo administração, objetivo é refrescar quem aguarda na fila sob o sol.

https://p.dw.com/p/1GOk3
Foto: picture-alliance/dpa/S. Rozpedzik

Jatos de água automáticos instalados recentemente na entrada no museu de Auschwitz-Birkenau para refrescar os visitantes do antigo campo de contração nazista se tornaram alvo de duras críticas nas redes sociais.

A mídia israelense descreveu a reação espantada de turistas, que, ao verem os jatos, logo pensaram nas câmaras de gás utilizadas no antigo campo de extermínio nazista.

"É um soco no estômago", afirmou o visitante israelense Meyer Bolka a um portal de notícias. No Twitter, o rabino Steven Burg descreveu os "chuveiros" como "bizarros, ofensivos e de mau gosto."

Principal símbolo do Holocausto, Auschwitz-Birkenau, na atual Polônia, é considerado o maior campo de concentração nazista. Mais de um milhão de pessoas foram mortas no local durante a Segunda Guerra Mundial.

Resposta do museu

Segundo Pawel Sawicki, porta-voz do memorial, o sistema de jatos d'água foi instalado devido às altas temperaturas registradas neste verão europeu, em torno dos 35 graus Celsius.

"As pessoas ficam sob o sol escaldante, sem a possibilidade de buscar proteção na sombra. Tivemos casos de desmaio", relata Sawicki. O museu deve, portanto, "fazer todo o possível para minimizar os riscos para a saúde dos visitantes".

O presidente-executivo do Comitê Internacional de Auschwitz, Christoph Heubner, disse não entender a comoção diante dos "chuveiros". "Para mim, esse é um gesto humano com os que visitam o memorial neste calor."

O número de visitantes no museu de Auschwitz-Birkenau é elevado durante o verão. Desde que o controle de segurança foi reforçado no início do ano, longas filas se formam na entrada do memorial.

KG/dpa