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Começa julgamento sobre atentados de 2016 em Bruxelas

5 de dezembro de 2022

Maior julgamento da história da Bélgica tem como alvo dez acusados por ataques terroristas que deixaram 32 mortos. Ataques coordenados no aeroporto e no metrô da capital belga foram reivindicados pelo "Estado Islâmico".

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Buquês de flores e cruz no chão com pessoas de luto em volta
Atentados em 2016 causaram comoção na BélgicaFoto: Martin Meissner/AP/picture alliance

A Justiça da Bélgica iniciou nesta segunda-feira (05/12) o maior julgamento de sua história, que apura a responsabilidade de dez acusados pelos atentados islâmicos de 2016 em Bruxelas, que deixaram 32 mortos e mais de 300 feridos.

Os dez suspeitos enfrentam acusações que incluem assassinato terrorista, tentativa de assassinato terrorista e participação em atividades de uma organização terrorista.

Os ataques

Em março de 2016, três atentados suicidas coordenados em Bruxelas paralisaram a cidade.

O primeiro atentado duplo suicida ocorreu no Aeroporto Internacional de Zavantem, em Bruxelas, matando 16 pessoas.

Ataques paralisam Bruxelas e deixam Europa em alerta máximo

Outra explosão na estação de metrô Maelbeek, perto dos prédios da União Europeia, ocorreu pouco mais de uma hora depois, deixando mais 16 mortos.

O grupo terrorista "Estado Islâmico" (EI) reivindicou a autoria das explosões.

Três dos agressores, todos de nacionalidade belga, também morreram nos ataques.

Os acusados

Salah Abdeslam, que já foi condenado à prisão perpétua no ano passado por seu envolvimento nos ataques de Paris em 2015, é o réu mais proeminente no julgamento de Bruxelas. O cidadão francês também já foi condenado a 20 anos de prisão na Bélgica por ferir três policiais em um tiroteio antes de sua prisão.

Outro acusado é Mohamed Abrini, que os promotores dizem ter ido ao aeroporto junto com dois homens-bomba, mas fugiu sem detonar sua mala de explosivos.

O cidadão sueco Osama Krayem é acusado de planejar ser um segundo homem-bomba no metrô de Bruxelas.

Os dez acusados ​​também incluem uma pessoa supostamente morta na Síria, que será julgada à revelia.

O julgamento, realizado na antiga sede da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), deverá durar mais de seis meses. Ele estava programado para começar em outubro deste ano, mas foi adiado após os advogados dos réus apresentarem um recurso dizendo que não poderiam prosseguir com o caso se seus clientes tivessem que falar através de cubículos de vidro no tribunal. O recurso foi atendido, e os cubículos foram removidos.

rw/lf (dpa, Reuters)