Segurança no futebol
2 de julho de 2011Bêbados deitados nas arquibancadas, ou mesmo vandalismo e violência nos centros urbanos não farão parte da Copa do Mundo de futebol feminino na Alemanha. A opinião é de representantes da polícia, especialistas em violência e da Federação Alemã de Futebol (DFB, do alemão)
Segundo Helmut Spahn, encarregado de segurança na DFB, a atual Copa na Alemanha tem um conceito semelhante ao do Mundial de 2006. Ele explica que os desafios para manter a ordem e a segurança são as mesmas de cinco anos atrás, mas a diferença básica é que as torcidas são bem diferentes. Problemas clássicos como confrontos entre grupos de torcedores não são comuns no futebol feminino, diz.
Festa para toda a família
O conceito de segurança da Copa do Mundo deste ano baseia-se na experiência obtida no Mundial masculino de 2006, e também em eventos no exterior como a Copa na África do Sul ou o campeonato europeu de 2008, na Suíça e na Áustria.
A estratégia já foi testada na Copa do Mundo Sub-20, no ano passado na Alemanha, quando não foi registrado nenhum ato de violência.
Não haverá violência, profetiza o sociólogo e psicólogo do Instituto de Ciências Esportivas da Universidade de Hannover, Gunter Pilz: "Será uma Copa tranquila, muitas meninas e crianças vêm aos jogos, o que é simpático". Em vez de multidões, o ambiente é mais familiar.
Também a polícia está otimista. Com um número menor de torcedores do que o Mundial masculino, há menos conflitos.
Na cidade de Frankfurt, por exemplo, o número de policiais responsáveis pela segurança é inferior ao de 2006, quando a cidade foi sede de jogos da Copa do Mundo masculina.
Consumo de álcool faz diferença
Segundo a polícia, em todo o mundo não há registro de confrontos com hooligans em partidas de futebol feminino. Também o consumo moderado de álcool faz a diferença no que se refere à violência em partidas masculinas. Como em qualquer evento de grande público, a polícia adverte contra batedores de carteiras.
Como a grande final do Mundial feminino será realizada em Frankfurt, o esquema de segurança depende dos finalistas, comenta Alexander Kiessling, da polícia da cidade. "Se, por exemplo, os Estados Unidos chegarem à final, é provável que norte-americanos famosos assistam ao jogo, e estes naturalmente precisarão ser protegidos".
No geral, organizadores do campeonato vêem a situação com muita tranquilidade. Em Frankfurt, por exemplo, as seleções rivais Alemanha e Nigéria moraram no mesmo hotel esta semana, uma situação que seria impossível se fossem times masculinos.
Autora: Olivia Fritz (br)
Revisão: Roselaine Wandscheer