Coreia do Norte faz novo teste com míssil
1 de abril de 2016A Coreia do Sul acusou nesta sexta-feira (01/04) a Coreia do Norte de disparar um míssil terra-ar e interferir em seus em sinais de GPS, um dia após o presidente dos EUA se reunir em Washington com seus colegas de Japão, Coreia do Sul e China para discutir a ameaça nuclear de Pyongyang.
A Coreia do Norte teria lançado o que os militares sul-coreanos afirmaram ser um míssil terra-ar na costa leste da península. O míssil voou cerca de 100 quilômetros antes de cair no mar, segundo a agência sul-coreana Yonhap.
O lançamento é o mais recente de uma série de testes de armamentos realizados por Pyongyang, em uma aparente resposta a exercícios militares conjuntos realizados por EUA e Coreia do Sul. A Coreia do Norte considera as manobras um ensaio de invasão.
Os exercícios, planejados para ocorrerem até o final de abril, são os maiores já realizados pelos dois países na região, tendo sido agendados após um teste nuclear e um de foguete de longo alcance feitos pela Coreia do Norte no início do ano.
Em Washington, o presidente Barack Obama se encontrou na quinta-feira com a presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, e o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, e se comprometeu a aumentar a pressão sobre a Coreia do Norte em reação a seus recentes testes nuclear e de mísseis.
Reunindo-se nos bastidores da Cúpula de Segurança Nuclear, os três líderes renovaram o compromisso com a segurança de seus respectivos países e alertaram que podem adotar novas medidas para se contrapor às ameaças de Pyongyang.
Obama também conversou com o presidente chinês, Xi Jinping, e ambos pediram que a Coreia do Norte desista de suas armas nucleares. A China também concordou em implementar na íntegra as últimas restrições econômicas impostas pelo Conselho de Segurança da ONU contra Pyongyang.
Na terça-feira, a Coreia do Norte disparou um míssil de curto alcance que caiu em terra no nordeste do país, de acordo autoridades de defesa sul-coreanas. O lançamento levou a especulações da mídia na Coreia do Sul de que Pyongyang pode ter usado um alvo em terra para testar a precisão de suas armas.
Em março, a Coreia do Norte disparou seu primeiro míssil de médio alcance no mar desde o início de 2014.
Além de testes com mísseis e disparos de artilharia, a Coreia do Norte também tem feito repetidas ameaças de ataques nucleares contra Seul e Washington.
Também nesta sexta-feira, a Coreia do Sul responsabilizou a Coreia do Norte por interferir nos seus sinais de GPS, chamando a medida de uma provocação. Não houve relatos de interrupções significativas no aparato militar sul-coreano. Meios de comunicação informaram que alguns barcos de pesca sofreram problemas em seus sistemas de navegação.
O sinal de interferência, que também foi detectado na quinta-feira, afetou 58 aviões e 52 barcos sul-coreanos, segundo a agência Yonhap, citando o Ministério das Comunicações sul-coreano. A primeira anomalia foi observada no início de março, quando dois aviões relataram o bloqueio, mas não interromperam seus voos.
"Se a interferência no sinal de GPS causar danos reais aos aviões ou navios da Coreia do Sul, vamos fazer o Norte pagar o preço devido", avisou o porta-voz do ministério, Lua Sang-gyun.
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