Dinamarca prende filha de pivô de crise na Coreia do Sul
2 de janeiro de 2017A filha de Choi Soon-il, a mulher que esteve no centro do escândalo de corrupção na Coreia do Sul que resultou no impeachment da presidente do país, foi presa na Dinamarca, informaram autoridades sul-coreanas e dinamarquesas nesta segunda-feira (02/01).
Segundo a agência sul-coreana Yonhap, as autoridades dinamarquesas notificaram a Agência Nacional de Polícia da Coreia do Sul de que Chung Yoo-ra, de 20 anos, estaria ilegalmente no país. Ela disse à polícia que estava em solo dinamarquês em razão de uma competição de hipismo.
A presidente sul-coreana, Park Geun-hye, foi acusada de cumplicidade em um caso de tráfico de influência e fraude protagonizado por sua amiga íntima, Choi Soon-sil, que, por sua vez, é suspeita de ter interferido em assuntos de Estado sem possuir cargo público. Choi e dois antigos assessores presidenciais, também teriam pressionado mais de 50 empresas do país a doar 65,7 milhões de dólares a duas fundações.
A Promotoria sul-coreana pediu à Interpol na semana passada que incluísse a jovem Chung Yoo-ra na sua lista de pessoas procuradas, depois de ela ter ignorado diversas convocações para prestar depoimento como testemunha em seu país de origem.
Chung, que já integrou a equipe de hipismo da Coreia do Sul, teria recebido tratamento diferenciado numa universidade em Seul, ao obter vantagens em razão da ligação de sua mãe com a ex-presidente. Seu diploma de bacharelado foi anulado em razão da falsificação de notas e registros.
As autoridades dinamarquesas, que receberam a ordem de prisão contra Chung no dia 22 de dezembro, colaboram para repatriar a jovem. A polícia informou que ela foi presa na cidade de Aalborg, no norte do país, após denúncia de um jornalista sul-coreano. Segundo a polícia, a jovem estaria ciente de que as autoridades sul-coreanas queriam interrogá-la.
O Parlamento da Coreia do Sul aprovou em dezembro passado a destituição da presidente Park Geun-hye. O Tribunal Constitucional recebeu então prazo de 180 dias para corroborar a decisão do Congresso.
RC/efe/afp/dpa