Dresdner Bank América Latina caminha para o fim
3 de dezembro de 2004Hoje, o Dresdner Bank Lateinamerika (DBLA) mantém cerca de 700 funcionários, sendo 500 deles em sua sede em Hamburgo. O futuro deles ainda é incerto, uma vez que o banco, uma subsidiária do Dresdner Bank, tem seus dias contados. A notícia foi divulgada na quinta-feira (2/12) pelo diário alemão Handelsblatt e confirmada pela direção do banco.
O Dresdner Bank pretende reestruturar seus negócios na América Latina, aproveitando parte do que é hoje a subsidiária DBLA. Os setores de investimento e atendimento ao cliente serão absorvidos pelo Dresdner Bank. Clientes alemães e europeus deverão obter apoio para suas atividades no continente através das agências do Dresdner Bank no Brasil, Colômbia, México e Chile.
Demissões – No momento, representantes de funcionários e a direção do banco dão continuidade às negociações envolvendo planos de apoio no caso de possíveis demissões. O objetivo é estabelecer metas sociais que atenuem os efeitos dos cortes de empregos. Desde fins de 2002, o DBLA vem reduzindo drasticamente o número de funcionários, tendo já cortado mais de 500 empregos.
A morte anunciada do Dresdner Bank Lateinamerika, que até hoje manteve uma luxuosa sede em uma das regiões mais nobres de Hamburgo, foi definida em função de estratégias que não dão prioridade à América Latina. Desde que o Dresdner Bank foi incorporado pela seguradora Allianz, em 2001, o continente deixou de ser uma de suas áreas prioritárias.
O Dresdner Bank pretende concentrar seus negócios cada vez mais no mercado europeu e não pretende atuar em outras regiões do planeta. O DBLA já constava há um bom tempo da lista de cortes do banco.