Modelagens
22 de abril de 2009As dimensões corporais dos alemães mudaram sensivelmente nas últimas décadas, mostrou um estudo feito com base no escaneamento tridimensional de mais de 13 mil pessoas. "Na média, nós [alemães] somos hoje maiores e mais fortes que nossos pais e avós", anunciou Stefan Mecheel, diretor do Centro de Pesquisa Têxtil Hohenstein na terça-feira (21/04) em Colônia.
Entre julho de 2007 e outubro de 2008, 13.362 homens, mulheres e crianças de todo o país, com idade entre 6 e 87 anos, participaram do projeto SizeGermany. Seus corpos foram medidos com a ajuda de escaneadores tridimensionais de ponta, tanto em pé quanto sentados. O estudo foi motivado pelo número cada vez maior de pessoas que tinham problemas em encontrar roupas que servissem perfeitamente nos últimos anos.
O projeto, que contou com o apoio financeiro de cem empresas do comércio e dos setores têxtil e automobilístico, foi promovido pelo centro Hohenstein em conjunto com o instituto Human Solutions, também de Colônia. Além de influenciar o tamanho de confecções, os resultados serão aproveitados pela indústria automobilística para otimizar os assentos e o conforto na condução de veículos.
Tendência indica aumento dos tamanhos
As medidas médias femininas haviam sido calculadas pela última vez há 15 anos. No caso dos homens, a última vez fora há 29 anos. Tempo suficiente para que mudassem sensivelmente: o estudo recente indica uma tendência de aumento dos tamanhos de confecções.
De cada participante, foram tiradas 44 medidas diferentes. A média de altura da mulher alemã, por exemplo, aumentou em 1 centímetro em comparação a 1994. O busto aumentou 2,3 centímetros, o quadril cresceu 1,8 centímetro e a cintura, 4,1 centímetros. Já a média de altura do homem alemão aumentou em 3,2 centímetros desde 1980. O peito aumento 7,3 centímetros e o quadril cresceu 3,6 centímetros.
Segundo Thomas Rasch, da Federação Alemã da Indústria da Moda, o processo de escaneamento digital fornece também dados demográficos, que indicam a participação de mercado das diversas modelagens nas diferentes faixas etárias e que poderiam ser aproveitados pela indústria, por exemplo, para ver que modelagens deveriam ser fabricadas em maior número.
No entanto, os dados não serão usados para padronizar as modelagens de fabricantes. Afinal de contas, explica Rasch, é parte do perfil de cada marca se ajustar a um determinado público-alvo. A Hugo Boss, por exemplo, já avisou que não mudará seu sistema de modelagens, apenas fará pequenas alterações nas modelagens em si.
RR/ap/afp
Revisão: Alexandre Schossler